B. Viana, Ana Christina Lobato, Letícia Menta, B. Nogueira
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Foram avaliados fatores como idade da mãe, escolaridade, número de consultas de pré-natal, idade gestacional no óbito, via de parto, presença malformações fetais e/ou maceração, classificação quanto ao momento de ocorrência (anteparto, intraparto) e causa básica do óbito. \nRESULTADOS: Foram analisados 131 prontuários. Avaliando a evitabilidade, foram excluídos 10 óbitos por fetos com malformações incompatíveis com a vida. 85% foram em gestações prematuras e 15% a termo. 4,5% dos óbitos ocorreram em gestantes adolescentes e 22,1% em mulheres a partir dos 35 anos. Cerca de 45% possuía ensino médio. 4,6% não tiveram nenhuma consulta de pré-natal. Predominaram os óbitos fetais a partir da 28ª semana. Quase 80% dos óbitos ocorreram anteparto, sendo que aproximadamente 34% do total apresentaram sinais de maceração ao nascimento. A qualidade do preenchimento da declaração de óbito fetal é deficiente, tanto na informação das variáveis quanto na exposição das causas básicas de morte e legibilidade. \nCONCLUSÃO: A ampla assistência pré-natal e planejamento familiar devem ser priorizados na atenção à saúde da mulher. A qualificação da equipe para um adequado preenchimento das informações sobre os óbitos fetais deve ser realizada periodicamente em todo serviço. Os comitês de investigação do óbito contribuem para a identificação de evitabilidade e de planejamento de ações visando redução das taxas de mortalidade fetal. \n \nPalavras-chave: Mortalidade Fetal. Óbito Fetal. Causas de Morte. 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ANÁLISE DOS ÓBITOS FETAIS NA MATERNIDADE DO HOSPITAL JÚLIA KUBITSCHEK
INTRODUÇÃO: Óbito fetal é definido como a morte do produto da gestação antes da expulsão ou extração do concepto do corpo materno, independente da duração da gestação. Estatisticamente considera-se apenas os óbitos fetais a partir de 22 semanas completas de gravidez. A taxa de mortalidade fetal é um dos indicadores da assistência prestada no pré-natal e no parto.
OBJETIVO: Avaliar o perfil dos óbitos fetais que ocorreram na Maternidade do Hospital Júlia Kubistchek no período de 2016 a 2019.
METODOLOGIA: Análise de prontuários e banco de dados do serviço de Comissão de Prevenção de Mortalidade Materna, Infantil e Fetal da Maternidade do Hospital Júlia Kubitschek, no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2019. Foram avaliados fatores como idade da mãe, escolaridade, número de consultas de pré-natal, idade gestacional no óbito, via de parto, presença malformações fetais e/ou maceração, classificação quanto ao momento de ocorrência (anteparto, intraparto) e causa básica do óbito.
RESULTADOS: Foram analisados 131 prontuários. Avaliando a evitabilidade, foram excluídos 10 óbitos por fetos com malformações incompatíveis com a vida. 85% foram em gestações prematuras e 15% a termo. 4,5% dos óbitos ocorreram em gestantes adolescentes e 22,1% em mulheres a partir dos 35 anos. Cerca de 45% possuía ensino médio. 4,6% não tiveram nenhuma consulta de pré-natal. Predominaram os óbitos fetais a partir da 28ª semana. Quase 80% dos óbitos ocorreram anteparto, sendo que aproximadamente 34% do total apresentaram sinais de maceração ao nascimento. A qualidade do preenchimento da declaração de óbito fetal é deficiente, tanto na informação das variáveis quanto na exposição das causas básicas de morte e legibilidade.
CONCLUSÃO: A ampla assistência pré-natal e planejamento familiar devem ser priorizados na atenção à saúde da mulher. A qualificação da equipe para um adequado preenchimento das informações sobre os óbitos fetais deve ser realizada periodicamente em todo serviço. Os comitês de investigação do óbito contribuem para a identificação de evitabilidade e de planejamento de ações visando redução das taxas de mortalidade fetal.
Palavras-chave: Mortalidade Fetal. Óbito Fetal. Causas de Morte. Declaração de Óbito Fetal.