{"title":"Entre utopias abstratas e concretas","authors":"Kauan Arthur Fonseca Lunardon","doi":"10.11606/issn.2594-9632.geoliterart.2021.188060","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Os rebatimentos da pandemia COVID-19 nos espaços públicos são difusos e contraditórios. Ao mesmo tempo que a não interrupção das atividades comerciais e de serviços - senão em ocasiões pontuais - mantiveram os mesmos em seu movimento habitual, praticamente todos os usos que não aqueles diretamente relacionados à produção e reprodução da cidade capitalista foram inviabilizados, deslocados, senão coibidos. Assumindo, como Massey (2008) que a maneira como imaginamos o espaço influencia na forma como o praticamos, entendemos que se debruçar sobre os tipos de imaginários urbanos pode ser um caminho interessante para pensar não apenas os tempos pandêmicos, mas também as cidades possíveis dentro da distopia vivenciada. Assim, a utopia e a distopia se colocam aqui como portas de entrada para propor algumas considerações sobre os espaços públicos contemporâneos. A primeira porta é através do imaginário cyberpunk, gênero literário e cinematográfico, e a segunda através da obra Nova-Babilônia do artista ex-integrante da Internacional Situacionista, Constant Nieuwenhuys.","PeriodicalId":404555,"journal":{"name":"Revista Geografia Literatura e Arte","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Geografia Literatura e Arte","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.2594-9632.geoliterart.2021.188060","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Os rebatimentos da pandemia COVID-19 nos espaços públicos são difusos e contraditórios. Ao mesmo tempo que a não interrupção das atividades comerciais e de serviços - senão em ocasiões pontuais - mantiveram os mesmos em seu movimento habitual, praticamente todos os usos que não aqueles diretamente relacionados à produção e reprodução da cidade capitalista foram inviabilizados, deslocados, senão coibidos. Assumindo, como Massey (2008) que a maneira como imaginamos o espaço influencia na forma como o praticamos, entendemos que se debruçar sobre os tipos de imaginários urbanos pode ser um caminho interessante para pensar não apenas os tempos pandêmicos, mas também as cidades possíveis dentro da distopia vivenciada. Assim, a utopia e a distopia se colocam aqui como portas de entrada para propor algumas considerações sobre os espaços públicos contemporâneos. A primeira porta é através do imaginário cyberpunk, gênero literário e cinematográfico, e a segunda através da obra Nova-Babilônia do artista ex-integrante da Internacional Situacionista, Constant Nieuwenhuys.