Carla Caroline Figueira de Oliveira, A. Barbosa, Jéssyka Viana Valadares Franco, Letícia Clara Pires Campos, Gabriela Fernandes Ribeiro
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Materiais e métodos: Refere-se a uma revisão sistemática de literatura que utilizou como base científica artigos publicados na plataforma Pubmed entre os anos 2004 e 2020, além do livro “Bases Patológicas das Doenças” de Robbins & Cotran. Foram critérios de pesquisas, na plataforma utilizada, artigos que relacionam alterações hematológicas em idade neonatal, ou seja, não envolvidas nessa análise crianças com faixas etárias superiores. Resultados: A trombose em RN admite 2,4 a cada 1000 pacientes em hospitais e, quando surge, pode gerar consequências graves, como anorexia, decorrências de hiperesplenismo, perdas de membros e órgãos e óbito. Ela tem como um dos causadores o uso de cateteres, fabricados com materiais que induzem a trombogênese, relacionando-se em torno de 20 a 30% dessa condição sanguínea e, apesar disso, são frequentemente utilizados em neonatos. Contudo, fatores como prematuridade, hipóxia, hiper-homocisteinemia, diabetes materno, cardiopatias e o procedimento do parto também podem influenciar para o desenvolvimento de trombos na faixa etária abordada. Diferenças fisiológicas também favorecem, pois os RN possuem alterações relacionadas às proteínas de coagulação, se comparadas à outra idade pediátrica, como antitrombina III, fibrinogênio, plasminogênio e plaquetas. Em relação ao tratamento, envolve anticoagulantes, trombolíticos e cirurgia vascular, sendo os anticoagulantes mais utilizados a heparina de baixo peso molecular e a heparina não fracionada e os trombolíticos ativadores do plasminogênio tecidual. Tais terapêuticas derivam de estudos realizados com adultos, assim, a aplicação dos fármacos citados costuma ser criteriosa e causam insegurança aos profissionais de saúde devido à escassez de pesquisas relacionadas a trombose e RN. 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A ESCASSEZ DE INCENTIVO PARA O DESENVOLVIMENTO DE TERAPIAS PARA TROMBOSE EM RECÉM-NASCIDOS
Introdução: A tríade de Virchow relaciona lesão endotelial, estase venosa e hipercoagulabilidade como fatores responsáveis pela formação de trombos. Essas variantes causam decorrências significativas à saúde dos afetados, inclusive para recém-nascidos, os quais predominam em relação às outras idades pediátricas quando se trata da temática. Não obstante, há poucos investimentos em estudos para terapias adequadas para essa fase etária. Objetivos: Instigar o desenvolvimento de terapêuticas pediátricas diante das decorrências da trombose para recém-nascidos. Materiais e métodos: Refere-se a uma revisão sistemática de literatura que utilizou como base científica artigos publicados na plataforma Pubmed entre os anos 2004 e 2020, além do livro “Bases Patológicas das Doenças” de Robbins & Cotran. Foram critérios de pesquisas, na plataforma utilizada, artigos que relacionam alterações hematológicas em idade neonatal, ou seja, não envolvidas nessa análise crianças com faixas etárias superiores. Resultados: A trombose em RN admite 2,4 a cada 1000 pacientes em hospitais e, quando surge, pode gerar consequências graves, como anorexia, decorrências de hiperesplenismo, perdas de membros e órgãos e óbito. Ela tem como um dos causadores o uso de cateteres, fabricados com materiais que induzem a trombogênese, relacionando-se em torno de 20 a 30% dessa condição sanguínea e, apesar disso, são frequentemente utilizados em neonatos. Contudo, fatores como prematuridade, hipóxia, hiper-homocisteinemia, diabetes materno, cardiopatias e o procedimento do parto também podem influenciar para o desenvolvimento de trombos na faixa etária abordada. Diferenças fisiológicas também favorecem, pois os RN possuem alterações relacionadas às proteínas de coagulação, se comparadas à outra idade pediátrica, como antitrombina III, fibrinogênio, plasminogênio e plaquetas. Em relação ao tratamento, envolve anticoagulantes, trombolíticos e cirurgia vascular, sendo os anticoagulantes mais utilizados a heparina de baixo peso molecular e a heparina não fracionada e os trombolíticos ativadores do plasminogênio tecidual. Tais terapêuticas derivam de estudos realizados com adultos, assim, a aplicação dos fármacos citados costuma ser criteriosa e causam insegurança aos profissionais de saúde devido à escassez de pesquisas relacionadas a trombose e RN. Conclusão: Evidencia-se a necessidade de medidas de incentivo para o estudo de trombose em RN a fim do desenvolvimento de terapêuticas específicas para faixa etária.