{"title":"巴西新的历史性政变场景","authors":"A. Bevilaqua, Julia Pereira Bevilaqua","doi":"10.54025/clc.v5i4.76","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A presente análise da conjuntura do início de 2021 parte da perspectiva dialética das quatro principais contradições que se apresentavam no quadro nacional e aprofunda-se do plano mais imediato ao essencial indicando as principais tendências e desdobramentos que passarão a dominar a cena histórica no país. Por que o STF se contradiz e toma decisão favorável ao ex-presidente Lula? Se a correlação de forças políticas é favorável a Bolsonaro no Congresso, por que cresce a tendência ao autogolpe? Se a difícil situação social se vê agravada pela pandemia de Covid-19, por que se mantém o apoio ao governo e não há revolta? E se esta base forte independe das crescentes mortes e miséria, por que as reformas de gabinete, a renúncia dos chefes das forças armadas e a carta dos economistas? Estas contradições nos âmbitos judiciário, político e social encontram sua essência na Crise Orgânica do Capital e a resultante débâcle na economia. Entre outros fenômenos, o artigo explica a crise pandêmica e seus efeitos como expressão daquela enquanto crise na ciência; como a crise nas instituições resulta da erosão do paradigma de valor, sobre o qual se estruturam as relações burguesas; e que taxas decrescentes de lucro forçam o exército industrial de reserva a novo papel como produtor de valor, em condições de superexploração e alta composição orgânica de capital: o empreendedor que constitui a base de apoio ao protofascimo. Conclui que a conjuntura brasileira tende a uma saída autoritária e propõe a organização da resistência popular para enfrentar esta nova cena histórica.","PeriodicalId":242236,"journal":{"name":"Ciência & Luta de Classes","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Nova Cena Histórica de Golpe no Brasil\",\"authors\":\"A. Bevilaqua, Julia Pereira Bevilaqua\",\"doi\":\"10.54025/clc.v5i4.76\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A presente análise da conjuntura do início de 2021 parte da perspectiva dialética das quatro principais contradições que se apresentavam no quadro nacional e aprofunda-se do plano mais imediato ao essencial indicando as principais tendências e desdobramentos que passarão a dominar a cena histórica no país. Por que o STF se contradiz e toma decisão favorável ao ex-presidente Lula? Se a correlação de forças políticas é favorável a Bolsonaro no Congresso, por que cresce a tendência ao autogolpe? Se a difícil situação social se vê agravada pela pandemia de Covid-19, por que se mantém o apoio ao governo e não há revolta? E se esta base forte independe das crescentes mortes e miséria, por que as reformas de gabinete, a renúncia dos chefes das forças armadas e a carta dos economistas? Estas contradições nos âmbitos judiciário, político e social encontram sua essência na Crise Orgânica do Capital e a resultante débâcle na economia. Entre outros fenômenos, o artigo explica a crise pandêmica e seus efeitos como expressão daquela enquanto crise na ciência; como a crise nas instituições resulta da erosão do paradigma de valor, sobre o qual se estruturam as relações burguesas; e que taxas decrescentes de lucro forçam o exército industrial de reserva a novo papel como produtor de valor, em condições de superexploração e alta composição orgânica de capital: o empreendedor que constitui a base de apoio ao protofascimo. Conclui que a conjuntura brasileira tende a uma saída autoritária e propõe a organização da resistência popular para enfrentar esta nova cena histórica.\",\"PeriodicalId\":242236,\"journal\":{\"name\":\"Ciência & Luta de Classes\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-09-29\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Ciência & Luta de Classes\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.54025/clc.v5i4.76\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Ciência & Luta de Classes","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54025/clc.v5i4.76","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
A presente análise da conjuntura do início de 2021 parte da perspectiva dialética das quatro principais contradições que se apresentavam no quadro nacional e aprofunda-se do plano mais imediato ao essencial indicando as principais tendências e desdobramentos que passarão a dominar a cena histórica no país. Por que o STF se contradiz e toma decisão favorável ao ex-presidente Lula? Se a correlação de forças políticas é favorável a Bolsonaro no Congresso, por que cresce a tendência ao autogolpe? Se a difícil situação social se vê agravada pela pandemia de Covid-19, por que se mantém o apoio ao governo e não há revolta? E se esta base forte independe das crescentes mortes e miséria, por que as reformas de gabinete, a renúncia dos chefes das forças armadas e a carta dos economistas? Estas contradições nos âmbitos judiciário, político e social encontram sua essência na Crise Orgânica do Capital e a resultante débâcle na economia. Entre outros fenômenos, o artigo explica a crise pandêmica e seus efeitos como expressão daquela enquanto crise na ciência; como a crise nas instituições resulta da erosão do paradigma de valor, sobre o qual se estruturam as relações burguesas; e que taxas decrescentes de lucro forçam o exército industrial de reserva a novo papel como produtor de valor, em condições de superexploração e alta composição orgânica de capital: o empreendedor que constitui a base de apoio ao protofascimo. Conclui que a conjuntura brasileira tende a uma saída autoritária e propõe a organização da resistência popular para enfrentar esta nova cena histórica.