C. R. Plens, Camila Diogo de Souza, Ivan Roksandic, K. Górka, M. Roksandic
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We intend to bring a historical perspective to demonstrate that the implications and consequences of the contact between the indigenous people and non-indigenous groups since the colonization times, and mainly during the Dictatorship in Brazil, have been catastrophic to their culture, customs, territories, health and even their right to life. Academic research projects with an archaeological approach, for instance, including an active participation of indigenous collaborators, will reveal and promote a better understanding of the impact of the contact and will also enable to reconstruct and preserve their history, culture, memory, and identity, contributing to meet their current needs and claim their rights.Resumo:O caso de genocídio dos Xavante de Marãiwatsédé, MT, por parte do Estado brasileiro durante a Ditadura Militar (1964-1985), é analisado nesse artigo como exemplo histórico dos limites científicos, deficiências e ausência de políticas públicas que, em conjunto com a disseminação de informações enviesadas, configuram o maior entrave para se combater grandes epidemias, o que leva a uma das maiores violações de Direitos Humanos, o direito à vida. Pretendemos trazer uma perspectiva de reflexão histórica para demonstrar que as implicações e consequências do contato entre as populações indígenas e não indígenas desde a época da colonização, e principalmente durante a Ditadura no Brasil, foram catastróficas para sua cultura, costumes, territórios, saúde e até o direito à vida. Projetos de pesquisa acadêmica, com abordagem arqueológica, por exemplo, incluindo a participação ativa de colaboradores indígenas, irão revelar e promover uma melhor compreensão do impacto do contato e também permitirão reconstruir e preservar sua história, cultura, memória e identidade, contribuindo para suprir suas necessidades atuais e reivindicar seus direitos.","PeriodicalId":141889,"journal":{"name":"Cadernos do LEPAARQ (UFPEL)","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-06-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"Surviving the Contact. The Xavante and the Demographic Iimpact of Epidemics on Brazilian Indigenous People from Colonization to the Military Dictatorship\",\"authors\":\"C. R. Plens, Camila Diogo de Souza, Ivan Roksandic, K. Górka, M. 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Surviving the Contact. The Xavante and the Demographic Iimpact of Epidemics on Brazilian Indigenous People from Colonization to the Military Dictatorship
Abstract:This article aims to analyze the case of genocide of the Xavante in Marãiwatsédé, MT by the Brazilian State during the Military Dictatorship (1964-1985) as a historical example of the scientific limits, deficiencies, and absence of public policies that, together with the dissemination of biased information, constitute the greatest obstacle to fight major epidemics, which leads to one of the greatest human rights violations, the right to life. We intend to bring a historical perspective to demonstrate that the implications and consequences of the contact between the indigenous people and non-indigenous groups since the colonization times, and mainly during the Dictatorship in Brazil, have been catastrophic to their culture, customs, territories, health and even their right to life. Academic research projects with an archaeological approach, for instance, including an active participation of indigenous collaborators, will reveal and promote a better understanding of the impact of the contact and will also enable to reconstruct and preserve their history, culture, memory, and identity, contributing to meet their current needs and claim their rights.Resumo:O caso de genocídio dos Xavante de Marãiwatsédé, MT, por parte do Estado brasileiro durante a Ditadura Militar (1964-1985), é analisado nesse artigo como exemplo histórico dos limites científicos, deficiências e ausência de políticas públicas que, em conjunto com a disseminação de informações enviesadas, configuram o maior entrave para se combater grandes epidemias, o que leva a uma das maiores violações de Direitos Humanos, o direito à vida. Pretendemos trazer uma perspectiva de reflexão histórica para demonstrar que as implicações e consequências do contato entre as populações indígenas e não indígenas desde a época da colonização, e principalmente durante a Ditadura no Brasil, foram catastróficas para sua cultura, costumes, territórios, saúde e até o direito à vida. Projetos de pesquisa acadêmica, com abordagem arqueológica, por exemplo, incluindo a participação ativa de colaboradores indígenas, irão revelar e promover uma melhor compreensão do impacto do contato e também permitirão reconstruir e preservar sua história, cultura, memória e identidade, contribuindo para suprir suas necessidades atuais e reivindicar seus direitos.