Lucas Pereira Lucena, A. L. Medeiros, Lhais Cabral Martins
{"title":"衰老,一种独特的体验:老年人的精神分析和治疗小组","authors":"Lucas Pereira Lucena, A. L. Medeiros, Lhais Cabral Martins","doi":"10.22533/at.ed.78919131128","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O tempo traz consequências à vida do sujeito, altera seu corpo, a psique e o lugar social. Em alguns discursos, envelhecer representa, apenas, um processo de grandes perdas. A psicanálise, no entanto, sublinha aquilo que não responde ao tempo cronológico: o Inconsciente e seu estatuto atemporal. De acordo com essa lógica, o sujeito não envelhece, seu desejo permanece indestrutível. Frente a esta concepção, este artigo narra a experiência de estágio em clínica psicológica com idosos e tem como objetivo contribuir para a discussão sobre a possibilidade do processo de envelhecimento constituir-se como uma constante reinscrição de traços singulares do sujeito. A experiência foi desenvolvida na Universidade Estadual da Paraíba, especificamente, com idosos que frequentam a UAMA (Universidade Aberta a Maturidade), com grupos terapêuticos quinzenais. Assim sendo, os registros dos encontros do grupo terapêutico constituíram o seu corpus de análise. Para análise do material, utilizou-se da teoria psicanalítica em sua formatação clínica. Identificou-se, como resultado, que novos significados puderam ser atribuídos aos conteúdos verbalizados no grupo, bem como a possibilidade de construção de múltiplas velhices, com a recriação do lugar da pessoa idosa no âmbito acadêmico e social. Os integrantes do grupo dividiram suas experiências únicas de envelhecer e apresentaram retificações subjetivas, apropriando-se de suas singularidades durante o processo.","PeriodicalId":324569,"journal":{"name":"Políticas de Envelhecimento Populacional 3","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-11-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"ENVELHE(SER), UMA EXPERIÊNCIA SINGULAR: PSICANÁLISE E GRUPO TERAPÊUTICO COM IDOSOS\",\"authors\":\"Lucas Pereira Lucena, A. L. Medeiros, Lhais Cabral Martins\",\"doi\":\"10.22533/at.ed.78919131128\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O tempo traz consequências à vida do sujeito, altera seu corpo, a psique e o lugar social. Em alguns discursos, envelhecer representa, apenas, um processo de grandes perdas. A psicanálise, no entanto, sublinha aquilo que não responde ao tempo cronológico: o Inconsciente e seu estatuto atemporal. De acordo com essa lógica, o sujeito não envelhece, seu desejo permanece indestrutível. Frente a esta concepção, este artigo narra a experiência de estágio em clínica psicológica com idosos e tem como objetivo contribuir para a discussão sobre a possibilidade do processo de envelhecimento constituir-se como uma constante reinscrição de traços singulares do sujeito. A experiência foi desenvolvida na Universidade Estadual da Paraíba, especificamente, com idosos que frequentam a UAMA (Universidade Aberta a Maturidade), com grupos terapêuticos quinzenais. Assim sendo, os registros dos encontros do grupo terapêutico constituíram o seu corpus de análise. Para análise do material, utilizou-se da teoria psicanalítica em sua formatação clínica. Identificou-se, como resultado, que novos significados puderam ser atribuídos aos conteúdos verbalizados no grupo, bem como a possibilidade de construção de múltiplas velhices, com a recriação do lugar da pessoa idosa no âmbito acadêmico e social. Os integrantes do grupo dividiram suas experiências únicas de envelhecer e apresentaram retificações subjetivas, apropriando-se de suas singularidades durante o processo.\",\"PeriodicalId\":324569,\"journal\":{\"name\":\"Políticas de Envelhecimento Populacional 3\",\"volume\":\"38 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-11-13\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Políticas de Envelhecimento Populacional 3\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.22533/at.ed.78919131128\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Políticas de Envelhecimento Populacional 3","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22533/at.ed.78919131128","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
ENVELHE(SER), UMA EXPERIÊNCIA SINGULAR: PSICANÁLISE E GRUPO TERAPÊUTICO COM IDOSOS
O tempo traz consequências à vida do sujeito, altera seu corpo, a psique e o lugar social. Em alguns discursos, envelhecer representa, apenas, um processo de grandes perdas. A psicanálise, no entanto, sublinha aquilo que não responde ao tempo cronológico: o Inconsciente e seu estatuto atemporal. De acordo com essa lógica, o sujeito não envelhece, seu desejo permanece indestrutível. Frente a esta concepção, este artigo narra a experiência de estágio em clínica psicológica com idosos e tem como objetivo contribuir para a discussão sobre a possibilidade do processo de envelhecimento constituir-se como uma constante reinscrição de traços singulares do sujeito. A experiência foi desenvolvida na Universidade Estadual da Paraíba, especificamente, com idosos que frequentam a UAMA (Universidade Aberta a Maturidade), com grupos terapêuticos quinzenais. Assim sendo, os registros dos encontros do grupo terapêutico constituíram o seu corpus de análise. Para análise do material, utilizou-se da teoria psicanalítica em sua formatação clínica. Identificou-se, como resultado, que novos significados puderam ser atribuídos aos conteúdos verbalizados no grupo, bem como a possibilidade de construção de múltiplas velhices, com a recriação do lugar da pessoa idosa no âmbito acadêmico e social. Os integrantes do grupo dividiram suas experiências únicas de envelhecer e apresentaram retificações subjetivas, apropriando-se de suas singularidades durante o processo.