Linda Maria Avelar Medeiros, Augusto Eleutério Pereira, Bianca Ribeiro da Mata, Carlos Ferreira Filho, R. SANT'ANA
{"title":"巴西麻风病:2010 - 2020年的文献综述","authors":"Linda Maria Avelar Medeiros, Augusto Eleutério Pereira, Bianca Ribeiro da Mata, Carlos Ferreira Filho, R. SANT'ANA","doi":"10.51161/epidemion/6956","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: Caracterizada como um problema de saúde pública no Brasil, a Hanseníase, doença infectocontagiosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, é alvo de estudos, principalmente no que diz respeito ao seu perfil epidemiológico. Objetivos: Descrever os aspectos epidemiológicos da Hanseníase no Brasil no período de 2010 a 2020. Metodologia: Realizou-se uma revisão bibliográfica na base de dados SciELO com os descritores “Doença Infectocontagiosa”, “Hanseníase”, “Mycobacterium leprae” e “Vigilância Epidemiológica”. Foram incluídos trabalhos científicos da língua portuguesa dos últimos dez anos e excluídos artigos que não abordassem diretamente o tema. Resultados: Após o advento do tratamento da Hanseníase com a poliquimioterapia, a situação epidemiológica da doença sofreu grandes alterações. A doença que antes tinha altos coeficientes de prevalência e incidência, desde 2017 sofreu queda da prevalência, principalmente nos anos 2019 e 2020, havendo variações nessas taxas de acordo com a região estudada. Apesar disso, os valores de incidência mantiveram-se altos, o que somado à redução da prevalência reflete a eficácia da poliquimioterapia, mas também demonstra a necessidade de se intensificar a vigilância ativa dos contactantes para reduzir a taxa de transmissão. O perfil epidemiológico traçado pelas pesquisas entre 2010 e 2020, revelou um predomínio da doença em indivíduos do gênero masculino, cor parda, analfabetos ou indivíduos com ensino fundamental incompleto, e faixa etária entre 30 e 39 anos, sendo a forma clínica dimorfa a mais prevalente entre os doentes. Conclusão: A incidência de casos de Hanseníase no Brasil foi alta nos anos estudados e as suas características epidemiológicas demonstraram uma grande relação da doença com determinantes sociais, sendo de suma importância o incentivo aos estudos epidemiológicos de cada região brasileira, respeitando suas características, visando a criação de estratégias adequadas ao perfil epidemiológico de cada região do país com o intuito de reduzir a taxas de transmissão da doença.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"HANSENÍASE NO BRASIL: UMA REVISÃO LITERÁRIA DOS ANOS DE 2010 A 2020\",\"authors\":\"Linda Maria Avelar Medeiros, Augusto Eleutério Pereira, Bianca Ribeiro da Mata, Carlos Ferreira Filho, R. SANT'ANA\",\"doi\":\"10.51161/epidemion/6956\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: Caracterizada como um problema de saúde pública no Brasil, a Hanseníase, doença infectocontagiosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, é alvo de estudos, principalmente no que diz respeito ao seu perfil epidemiológico. Objetivos: Descrever os aspectos epidemiológicos da Hanseníase no Brasil no período de 2010 a 2020. Metodologia: Realizou-se uma revisão bibliográfica na base de dados SciELO com os descritores “Doença Infectocontagiosa”, “Hanseníase”, “Mycobacterium leprae” e “Vigilância Epidemiológica”. Foram incluídos trabalhos científicos da língua portuguesa dos últimos dez anos e excluídos artigos que não abordassem diretamente o tema. Resultados: Após o advento do tratamento da Hanseníase com a poliquimioterapia, a situação epidemiológica da doença sofreu grandes alterações. A doença que antes tinha altos coeficientes de prevalência e incidência, desde 2017 sofreu queda da prevalência, principalmente nos anos 2019 e 2020, havendo variações nessas taxas de acordo com a região estudada. Apesar disso, os valores de incidência mantiveram-se altos, o que somado à redução da prevalência reflete a eficácia da poliquimioterapia, mas também demonstra a necessidade de se intensificar a vigilância ativa dos contactantes para reduzir a taxa de transmissão. O perfil epidemiológico traçado pelas pesquisas entre 2010 e 2020, revelou um predomínio da doença em indivíduos do gênero masculino, cor parda, analfabetos ou indivíduos com ensino fundamental incompleto, e faixa etária entre 30 e 39 anos, sendo a forma clínica dimorfa a mais prevalente entre os doentes. Conclusão: A incidência de casos de Hanseníase no Brasil foi alta nos anos estudados e as suas características epidemiológicas demonstraram uma grande relação da doença com determinantes sociais, sendo de suma importância o incentivo aos estudos epidemiológicos de cada região brasileira, respeitando suas características, visando a criação de estratégias adequadas ao perfil epidemiológico de cada região do país com o intuito de reduzir a taxas de transmissão da doença.\",\"PeriodicalId\":136597,\"journal\":{\"name\":\"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-05-13\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.51161/epidemion/6956\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6956","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
HANSENÍASE NO BRASIL: UMA REVISÃO LITERÁRIA DOS ANOS DE 2010 A 2020
Introdução: Caracterizada como um problema de saúde pública no Brasil, a Hanseníase, doença infectocontagiosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, é alvo de estudos, principalmente no que diz respeito ao seu perfil epidemiológico. Objetivos: Descrever os aspectos epidemiológicos da Hanseníase no Brasil no período de 2010 a 2020. Metodologia: Realizou-se uma revisão bibliográfica na base de dados SciELO com os descritores “Doença Infectocontagiosa”, “Hanseníase”, “Mycobacterium leprae” e “Vigilância Epidemiológica”. Foram incluídos trabalhos científicos da língua portuguesa dos últimos dez anos e excluídos artigos que não abordassem diretamente o tema. Resultados: Após o advento do tratamento da Hanseníase com a poliquimioterapia, a situação epidemiológica da doença sofreu grandes alterações. A doença que antes tinha altos coeficientes de prevalência e incidência, desde 2017 sofreu queda da prevalência, principalmente nos anos 2019 e 2020, havendo variações nessas taxas de acordo com a região estudada. Apesar disso, os valores de incidência mantiveram-se altos, o que somado à redução da prevalência reflete a eficácia da poliquimioterapia, mas também demonstra a necessidade de se intensificar a vigilância ativa dos contactantes para reduzir a taxa de transmissão. O perfil epidemiológico traçado pelas pesquisas entre 2010 e 2020, revelou um predomínio da doença em indivíduos do gênero masculino, cor parda, analfabetos ou indivíduos com ensino fundamental incompleto, e faixa etária entre 30 e 39 anos, sendo a forma clínica dimorfa a mais prevalente entre os doentes. Conclusão: A incidência de casos de Hanseníase no Brasil foi alta nos anos estudados e as suas características epidemiológicas demonstraram uma grande relação da doença com determinantes sociais, sendo de suma importância o incentivo aos estudos epidemiológicos de cada região brasileira, respeitando suas características, visando a criação de estratégias adequadas ao perfil epidemiológico de cada região do país com o intuito de reduzir a taxas de transmissão da doença.