Caroline Nascimento Fernandes, Lizianne de Melo Gaudêncio Torreão, Renata Oliveira Vale, Yasmin Dantas Pereira, Carmem Dolores de Sá Catão
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Apesar de ter sido uma das primeiras doenças mentais descritas na literatura médica, nos relatos de Hipócrates, o Delirium continua sendo mal compreendido em razão do seu difícil diagnóstico e da falta de conhecimento total da fisiopatologia dessa síndrome. Esse agravo pode ser caracterizado como estado confusional agudo de curso oscilante com alteração cognitiva definida por início súbito e por sintomatologia hipo e hiperativa. Considerando o Delirium como distúrbio neurocomportamental mais frequente em idosos hospitalizados e tendo em vista a crescente senilidade da população mundial, é necessário abordar a eficácia das terapêuticas clínicas atuais, a fim de evitar o negligenciamento relativo à enfermidade. O objetivo principal do trabalho é comparar as intervenções farmacológicas, analisando seu efeito a longo prazo, e as não farmacológicas, com suas respectivas implicações na qualidade de vida do paciente. Esse estudo foi realizado a partir da seleção de 18 artigos pesquisados nas bases de dados: PubMed Central ® ; SciELO (Scientific Electronic Library Online) e BVS (Biblioteca Virtual de Saúde) dos quais foram excluídos cinco por não seguirem os interesses do estudo. De acordo com a leitura das pesquisas selecionadas, foi percebido que no âmbito dos tratamentos medicamentosos, as intervenções são baseadas primordialmente na utilização de antipsicóticos, tais como: Haloperidol, Aripiprazol, Olanzapina e Risperidona. Entretanto, observa-se que o uso exclusivo desse tipo de abordagem não culmina em uma melhora significativa do quadro clínico. Desse modo, tratamentos fundamentados em alternativas não farmacológicas devem ser aplicados para todos os pacientes acometidos por esse agravo além de servir como prevenção de casos futuros. É válido salientar, também, que uma equipe multiprofissional bem preparada para prover a assistência necessária, na intenção de reduzir as manifestações clínicas, é essencial no processo. Assim, tratamentos que seguem exclusivamente a linha farmacológica não obtiveram as respostas desejadas. 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DELIRIUM EM IDOSOS: ANÁLISE COMPARATIVA DA TERAPÊUTICA CLÍNICA
De acordo com dados divulgados pela Organização das Nações Unidas, globalmente, o número de pessoas com 80 anos ou mais deverá triplicar em menos de 40 anos, passando de 137 milhões em 2017 para 425 milhões em 2050 [12] . Dessa forma, é notória a existência de um processo demográfico transicional que ocorre irreversivelmente, de modo que a população idosa aumenta de maneira exponencial no mundo inteiro, tendo como consequência direta dessa realidade a maior quantidade de agravos relacionados à saúde nessa faixa etária. Diante do cenário atual, a incidência de transtornos cognitivos em indivíduos longevos, em especial o Delirium, tende a aumentar proporcionalmente. Apesar de ter sido uma das primeiras doenças mentais descritas na literatura médica, nos relatos de Hipócrates, o Delirium continua sendo mal compreendido em razão do seu difícil diagnóstico e da falta de conhecimento total da fisiopatologia dessa síndrome. Esse agravo pode ser caracterizado como estado confusional agudo de curso oscilante com alteração cognitiva definida por início súbito e por sintomatologia hipo e hiperativa. Considerando o Delirium como distúrbio neurocomportamental mais frequente em idosos hospitalizados e tendo em vista a crescente senilidade da população mundial, é necessário abordar a eficácia das terapêuticas clínicas atuais, a fim de evitar o negligenciamento relativo à enfermidade. O objetivo principal do trabalho é comparar as intervenções farmacológicas, analisando seu efeito a longo prazo, e as não farmacológicas, com suas respectivas implicações na qualidade de vida do paciente. Esse estudo foi realizado a partir da seleção de 18 artigos pesquisados nas bases de dados: PubMed Central ® ; SciELO (Scientific Electronic Library Online) e BVS (Biblioteca Virtual de Saúde) dos quais foram excluídos cinco por não seguirem os interesses do estudo. De acordo com a leitura das pesquisas selecionadas, foi percebido que no âmbito dos tratamentos medicamentosos, as intervenções são baseadas primordialmente na utilização de antipsicóticos, tais como: Haloperidol, Aripiprazol, Olanzapina e Risperidona. Entretanto, observa-se que o uso exclusivo desse tipo de abordagem não culmina em uma melhora significativa do quadro clínico. Desse modo, tratamentos fundamentados em alternativas não farmacológicas devem ser aplicados para todos os pacientes acometidos por esse agravo além de servir como prevenção de casos futuros. É válido salientar, também, que uma equipe multiprofissional bem preparada para prover a assistência necessária, na intenção de reduzir as manifestações clínicas, é essencial no processo. Assim, tratamentos que seguem exclusivamente a linha farmacológica não obtiveram as respostas desejadas. Posto isso, abordagens de cunho não medicamentoso, baseadas em