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Este ensaio tem por objetivo analisar a transfiguração lírica das categorias de tempo e de espaço no romance Lavoura arcaica, de Raduan Nassar (1989), defendendo que se trata de um romance lírico. Recorrendo a autores basilares no assunto, como Freedman (1963), Gullón (1984), Goulart (1990) e Tofalini (2013), entendemos que o romance lírico se constitui no enlaçamento da narrativa e da poesia, de modo a gerar efeitos que somente esse encontro pode promover. Dominado pela instância do eu narrador, Lavoura arcaica apresenta forte carga poética e trágica, em que a interiorização do tempo e do espaço, sobremaneira intrincados, abre margens para a elaboração do instante poético. No espaço da lavoura e em referência ao tempo do arcaico, verificamos que o lirismo se instala em espaço-temporalidades descontínuas, propiciando um mergulho ao íntimo do ser.