Yago Souza Venancio Lima, Cláudia Miriam Martins de Araújo, Guilherme Araújo Dos Santos, Levi Magalhães Gurgel Macêdo, M. I. F. Guedes
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Os artigos consultados datam dos últimos 5 anos. Também foram obtidos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, da plataforma PCE, referente a sua epidemiologia dos anos de 2007 a 2017. Resultados: O helminto da família Schistosoma tem como agente etiológico o caramujo de água doce, responsável pela transmissão para o humano, que penetra a pele em sua fase de cercaria até se alojar no fígado. A prevalência de casos ocorre em maior quantidade nas regiões nordeste e sudeste do país, com, respectivamente, 392.193 e 133.601 casos positivos dos 2007 a 2017, e maior incidência em adultos do sexo masculino, em sua maioria, agricultores, pescadores e pecuaristas. Nesses ambientes, percebe-se a probabilidade de maior insalubridade, visto a possibilidade de menor instrução e consequentemente menor poder aquisitivo da população, resultando em fatores de risco para a infecção por S. mansoni. Contudo, ainda sim a esquistossomose é tida como uma doença negligenciada, em que há aumento significativo dos riscos crônicos à saúde. Conclusão: Mesmo possuindo tratamento, a esquistossomose continua sendo uma enfermidade preocupante. 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ESQUISTOSSOMOSE: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA BRASILEIRA E SUAS QUESTÕES SOCIOECONOMICAS
Introdução: A Esquistossomose, popularmente denominada "barriga d'água", é uma doença endêmica causada pelo parasita helminto Schitosoma masoni. Mesmo possuindo formas de tratamento, continua afetando milhares de brasileiros em situações precárias de vida, tornando-se uma doença preocupante intimamente ligada à condição socioeconômica das regiões brasileiras. Objetivo: Analisar as características epidemiológicas das regiões brasileiras, observando como a questão socioeconômica se transforma em fator de risco. Método: Foi realizado um levantamento de dados na literatura através das bases PubMED, SciElo e CAPES utilizando os termos “Schitossoma masoni”, “epidemiologia” e “perfil socioeconômico” como palavras-chave. Os artigos consultados datam dos últimos 5 anos. Também foram obtidos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, da plataforma PCE, referente a sua epidemiologia dos anos de 2007 a 2017. Resultados: O helminto da família Schistosoma tem como agente etiológico o caramujo de água doce, responsável pela transmissão para o humano, que penetra a pele em sua fase de cercaria até se alojar no fígado. A prevalência de casos ocorre em maior quantidade nas regiões nordeste e sudeste do país, com, respectivamente, 392.193 e 133.601 casos positivos dos 2007 a 2017, e maior incidência em adultos do sexo masculino, em sua maioria, agricultores, pescadores e pecuaristas. Nesses ambientes, percebe-se a probabilidade de maior insalubridade, visto a possibilidade de menor instrução e consequentemente menor poder aquisitivo da população, resultando em fatores de risco para a infecção por S. mansoni. Contudo, ainda sim a esquistossomose é tida como uma doença negligenciada, em que há aumento significativo dos riscos crônicos à saúde. Conclusão: Mesmo possuindo tratamento, a esquistossomose continua sendo uma enfermidade preocupante. As condições socioeconômicas desfavorecidas dos indivíduos se mostram como fatores de risco devido ao baixo nível de instrução e de insalubridade no trabalho, esses fatores, juntos a não combater também o agente etiológico contribuem para continuar o ciclo parasitário, sendo necessário ampliar as formas de diagnósticos assim como ampliar a informação para assistir as comunidades mais afetadas.