{"title":"Nova Hermenêutica da Eucaristia","authors":"Jaime Lorandi, Isidoro Mazzarolo","doi":"10.23925/rct.i101.55772","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo apresenta um percurso de uma nova reflexão em torno da Eucaristia, conforme o pensamento de Ghislain Lafont. Trata-se de uma síntese que tematiza a exigência de uma suposta ‘nova’ teologia eucarística. O autor identifica o espaço para uma nova teologia eucarística, resgatando o Concílio Vaticano II e suas três constituições, em uma ‘desconstrução’ da teologia clássica, para libertá-la de uma leitura muito marcada por uma interpretação do sacramento do altar como ‘remédio para o pecado’. Uma ‘Eucaristia no Paraíso’ torna-se a provocação e desafio teológico para uma ressistematização do saber clássico sobre a comunhão, sobre o sacramento e sobre o sacrifício. Isso não deve ser perdido, mas só pode ser conservado às custas de um profundo e iluminador repensamento. Ghislain Lafont também utilizou o texto de Massimo Recalcati sobre o sacrifício e recuperou deste a definição de “sacrifício simbólico” como noção capaz de esclarecer a verdade da comunhão eucarística, outra passagem na “tradução da tradição”. Finalmente ele retoma a intuição de uma “Eucaristia no Paraíso” e a interpreta como “chave hermenêutica” de toda a história da salvação, até a plenitude de Cristo e a missão da Igreja. Antes de abordar o estudo da proposta de G. Lafont, este artigo traz o significado semântico da eucaristia e também das exigências eucarísticas de Jesus com seus discípulos como a Nova Aliança e o seu Memorial. A partir de então realiza-se uma análise da “desconstrução” de Lafont e de seus conceitos de Eucaristia como sacrifício, sacramento, comunhão e louvor espiritual. A partir do conceito de que a Eucaristia é uma aliança de amor e comunhão, conclui-se com uma análise crítica sobre esta nova proposta hermenêutica de Ghislain Lafont.","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Cultura Teológica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.23925/rct.i101.55772","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Este artigo apresenta um percurso de uma nova reflexão em torno da Eucaristia, conforme o pensamento de Ghislain Lafont. Trata-se de uma síntese que tematiza a exigência de uma suposta ‘nova’ teologia eucarística. O autor identifica o espaço para uma nova teologia eucarística, resgatando o Concílio Vaticano II e suas três constituições, em uma ‘desconstrução’ da teologia clássica, para libertá-la de uma leitura muito marcada por uma interpretação do sacramento do altar como ‘remédio para o pecado’. Uma ‘Eucaristia no Paraíso’ torna-se a provocação e desafio teológico para uma ressistematização do saber clássico sobre a comunhão, sobre o sacramento e sobre o sacrifício. Isso não deve ser perdido, mas só pode ser conservado às custas de um profundo e iluminador repensamento. Ghislain Lafont também utilizou o texto de Massimo Recalcati sobre o sacrifício e recuperou deste a definição de “sacrifício simbólico” como noção capaz de esclarecer a verdade da comunhão eucarística, outra passagem na “tradução da tradição”. Finalmente ele retoma a intuição de uma “Eucaristia no Paraíso” e a interpreta como “chave hermenêutica” de toda a história da salvação, até a plenitude de Cristo e a missão da Igreja. Antes de abordar o estudo da proposta de G. Lafont, este artigo traz o significado semântico da eucaristia e também das exigências eucarísticas de Jesus com seus discípulos como a Nova Aliança e o seu Memorial. A partir de então realiza-se uma análise da “desconstrução” de Lafont e de seus conceitos de Eucaristia como sacrifício, sacramento, comunhão e louvor espiritual. A partir do conceito de que a Eucaristia é uma aliança de amor e comunhão, conclui-se com uma análise crítica sobre esta nova proposta hermenêutica de Ghislain Lafont.