Amanda De Campos, Antonio Guilherme Cândido da Silva
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O registro dos atropelamentos ocorreu, em média, três vezes por semana, em um trajeto de, aproximadamente, 8 km em velocidade máxima de 60 km/h. Foram registrados 263 animais atropelados. Os mamíferos representaram 42,6% dos atropelamentos, seguido por aves (38%), répteis (16,2%) e anfíbios (3%). As espécies mais atingidas foram ouriço (Sphiggurus villosus), cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) e teiú (Salvator merianae). Para a maioria dos grupos analisados, o principal local de atropelamentos no período pré-estruturas de proteção da fauna foi o km 1. No pós-estruturas de proteção, os hotspots passaram a ocorrer principalmente em locais com alambrado e passagem de fauna. Os dados obtidos neste estudo apontam a necessidade de adequações nas estruturas de proteção da fauna, como a redução da malha dos alambrados. Além disso, a similaridade nas taxas de atropelamentos nos períodos pré e pós-estruturas, mesmo com o aumento do fluxo de veículos, indica a efetividade dessas estruturas para a proteção da fauna.","PeriodicalId":127134,"journal":{"name":"Biodiversidade Brasileira - BioBrasil","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-04-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Análise da Fauna Silvestre Atropelada e da Efetividade das Estruturas de Proteção da Fauna na BR-487 ao Lado da Reserva Biológica das Perobas, no Sul do Brasil\",\"authors\":\"Amanda De Campos, Antonio Guilherme Cândido da Silva\",\"doi\":\"10.37002/biobrasil.v13i1.2059\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Os atropelamentos da fauna silvestre podem representar uma ameaça à biodiversidade. 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Análise da Fauna Silvestre Atropelada e da Efetividade das Estruturas de Proteção da Fauna na BR-487 ao Lado da Reserva Biológica das Perobas, no Sul do Brasil
Os atropelamentos da fauna silvestre podem representar uma ameaça à biodiversidade. Esse impacto pode ser maior em rodovias próximas a áreas protegidas, devido à maior abundância de animais silvestres. A rodovia BR-487 tem um trecho de 8 km que faz limite ao sul com a Reserva Biológica das Perobas no Paraná. Para mitigação dos efeitos negativos sobre a fauna, foram instaladas na rodovia estruturas de proteção da fauna, entre elas passagens subterrâneas, cercas de alambrados, refletivos para fauna e redutores eletrônicos de velocidade. Os objetivos deste estudo foram identificar as espécies mais atingidas, os hotspots de atropelamentos e avaliar a efetividade das medidas demitigação implementadas. A amostragem ocorreu entre agosto de 2015 e dezembro de 2019. O registro dos atropelamentos ocorreu, em média, três vezes por semana, em um trajeto de, aproximadamente, 8 km em velocidade máxima de 60 km/h. Foram registrados 263 animais atropelados. Os mamíferos representaram 42,6% dos atropelamentos, seguido por aves (38%), répteis (16,2%) e anfíbios (3%). As espécies mais atingidas foram ouriço (Sphiggurus villosus), cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) e teiú (Salvator merianae). Para a maioria dos grupos analisados, o principal local de atropelamentos no período pré-estruturas de proteção da fauna foi o km 1. No pós-estruturas de proteção, os hotspots passaram a ocorrer principalmente em locais com alambrado e passagem de fauna. Os dados obtidos neste estudo apontam a necessidade de adequações nas estruturas de proteção da fauna, como a redução da malha dos alambrados. Além disso, a similaridade nas taxas de atropelamentos nos períodos pré e pós-estruturas, mesmo com o aumento do fluxo de veículos, indica a efetividade dessas estruturas para a proteção da fauna.