Giovana Novaes Viana, Gustavo Neves França, Ana Gabriela Álvares Travassos
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Métodos: Estudo de corte transversal cuja população é composta de mulheres que realizaram biópsia de colo de útero no Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa entre 2014 e 2016, em Salvador, Bahia. As mulheres cujos exames anatomopatológicos concluíram pólipo cervical foram excluídas. Os dados de interesse foram coletados pela revisão de prontuários a partir da identificação das pacientes no livro de registro da anatomia patológica. A análise foi conduzida por meio do software IBM SPSS 20.0. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Estado da Bahia. Resultados: As mulheres com lesão intraepitelial de alto grau são majoritariamente adultas (67,4%), pretas ou pardas (86,5%) e solteiras (76,4%). Os principais resultados do estudo demonstraram maior vulnerabilidade das mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana às lesões precursoras de alto grau (p<0,001). O histórico de gestação também constituiu fator de risco para a amostra estudada (p<0,001). 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Avaliação epidemiológica de mulheres com lesão precursora de câncer de colo de útero de alto grau (neoplasia intraepitelial cervical graus II/III)
Introdução: O câncer de colo de útero é a neoplasia mais comum do aparelho reprodutor feminino e pode ser evitado em virtude de suas longas condições pré-malignas, programas de triagem, vacinação, bem como tratamento efetivo das lesões precursoras. Objetivo: Descrever as características clínicas e sociodemográficas de mulheres com lesão precursora de câncer de colo de útero de alto grau (neoplasia intraepitelial cervical graus II/III), acompanhadas em serviço de referência de infecções sexualmente transmissíveis/vírus da imunodeficiência humana, no período de 2014 até 2016, em Salvador, Bahia. Métodos: Estudo de corte transversal cuja população é composta de mulheres que realizaram biópsia de colo de útero no Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa entre 2014 e 2016, em Salvador, Bahia. As mulheres cujos exames anatomopatológicos concluíram pólipo cervical foram excluídas. Os dados de interesse foram coletados pela revisão de prontuários a partir da identificação das pacientes no livro de registro da anatomia patológica. A análise foi conduzida por meio do software IBM SPSS 20.0. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Estado da Bahia. Resultados: As mulheres com lesão intraepitelial de alto grau são majoritariamente adultas (67,4%), pretas ou pardas (86,5%) e solteiras (76,4%). Os principais resultados do estudo demonstraram maior vulnerabilidade das mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana às lesões precursoras de alto grau (p<0,001). O histórico de gestação também constituiu fator de risco para a amostra estudada (p<0,001). Conclusão: A compreensão do perfil dessas mulheres possibilita o direcionamento dos esforços às suas vulnerabilidades individuais, sociais e programáticas, garantindo maior resolutividade das ações e impacto efetivo na morbimortalidade.