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O objetivo deste artigo é articular os conceitos de carnavalização e de grotesco a partir de Mikhail Bakhtin (2010, 2018) e a noção de grotesco nos estudos comunicacionais brasileiros em Muniz Sodré (1972) e Muniz Sodré e Raquel Paiva (2002). A partir dessas articulações conceituais, serão apresentadas possíveis contribuições para compreender elementos do Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Serão analisados os desfiles da Beija-Flor de Nilópolis de 1989 e o da Estação Primeira de Mangueira de 2018, em que é possível identificar traços da linguagem carnavalizada, que inverte papéis, rebaixa figuras de poder e subverte regras. Vistas a partir dos conceitos de carnavalização e de grotesco, as inversões possibilitam “destronar” os mandatários, e imagens sagradas e elevadas, retirando-as de sua posição superior, para figurar o escárnio.