V. Cunha, R. S. Santos, Edson Egledson Andrade Ribeiro, Antônio Luíz Martins Maia Filho, Rosemarie Brandim Marques
{"title":"piaui中有毒动物事故的流行病学概况","authors":"V. Cunha, R. S. Santos, Edson Egledson Andrade Ribeiro, Antônio Luíz Martins Maia Filho, Rosemarie Brandim Marques","doi":"10.22280/revintervol12ed1.399","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Acidentes com animais peçonhentos estão relacionados à localização geográfica e hábitos de vida da população envolvida. O objetivo deste trabalho foi avaliar os aspectos epidemiológicos e clínicos dos acidentes com animais peçonhentos no estado do Piauí, no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2011. Realizou-se um estudo descritivo e retrospectivo utilizando prontuários de pacientes. Dos 125 prontuários, 65 sofreram acidentes ofídicos crotálicos, 35 botrópicos, 07 elapídicos, 01 laquético. Houve ainda 14 acidentes com escorpiões e 01 com aranha. Foram 103 (79,23%) homens e 27 (20,77%) mulheres, com média de idade de 37,7 anos. Quanto à ocupação, 74 (56,92%) eram lavradores e a maior incidência na zona rural com 120 (92,31%) casos. A média de tempo entre acidente e atendimento médico foi de 12,58 horas e tempo médio para início da soroterapia de 11,51 horas. A média de internação hospitalar foram 5 dias. O desfecho principal foi cura com 117 (90,00%) dos casos. A complicação mais comum foi insuficiência renal crônica (22,3%) nos acidentes crotálicos. O esquema de soroterapia não seguiu o padronizado pela Fundação Nacional da Saúde. O perfil destes acidentes no Piauí é semelhante ao nacional, porém, medidas educativas devem ser tomadas em todos os níveis de atenção à saúde para melhoria da assistência prestada aos pacientes.","PeriodicalId":290377,"journal":{"name":"Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"6","resultStr":"{\"title\":\"Perfil epidemiológico de acidentes com animais peçonhentos no Piauí\",\"authors\":\"V. Cunha, R. S. Santos, Edson Egledson Andrade Ribeiro, Antônio Luíz Martins Maia Filho, Rosemarie Brandim Marques\",\"doi\":\"10.22280/revintervol12ed1.399\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Acidentes com animais peçonhentos estão relacionados à localização geográfica e hábitos de vida da população envolvida. O objetivo deste trabalho foi avaliar os aspectos epidemiológicos e clínicos dos acidentes com animais peçonhentos no estado do Piauí, no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2011. Realizou-se um estudo descritivo e retrospectivo utilizando prontuários de pacientes. Dos 125 prontuários, 65 sofreram acidentes ofídicos crotálicos, 35 botrópicos, 07 elapídicos, 01 laquético. Houve ainda 14 acidentes com escorpiões e 01 com aranha. Foram 103 (79,23%) homens e 27 (20,77%) mulheres, com média de idade de 37,7 anos. Quanto à ocupação, 74 (56,92%) eram lavradores e a maior incidência na zona rural com 120 (92,31%) casos. A média de tempo entre acidente e atendimento médico foi de 12,58 horas e tempo médio para início da soroterapia de 11,51 horas. A média de internação hospitalar foram 5 dias. O desfecho principal foi cura com 117 (90,00%) dos casos. A complicação mais comum foi insuficiência renal crônica (22,3%) nos acidentes crotálicos. O esquema de soroterapia não seguiu o padronizado pela Fundação Nacional da Saúde. O perfil destes acidentes no Piauí é semelhante ao nacional, porém, medidas educativas devem ser tomadas em todos os níveis de atenção à saúde para melhoria da assistência prestada aos pacientes.\",\"PeriodicalId\":290377,\"journal\":{\"name\":\"Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-02-28\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"6\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.22280/revintervol12ed1.399\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22280/revintervol12ed1.399","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Perfil epidemiológico de acidentes com animais peçonhentos no Piauí
Acidentes com animais peçonhentos estão relacionados à localização geográfica e hábitos de vida da população envolvida. O objetivo deste trabalho foi avaliar os aspectos epidemiológicos e clínicos dos acidentes com animais peçonhentos no estado do Piauí, no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2011. Realizou-se um estudo descritivo e retrospectivo utilizando prontuários de pacientes. Dos 125 prontuários, 65 sofreram acidentes ofídicos crotálicos, 35 botrópicos, 07 elapídicos, 01 laquético. Houve ainda 14 acidentes com escorpiões e 01 com aranha. Foram 103 (79,23%) homens e 27 (20,77%) mulheres, com média de idade de 37,7 anos. Quanto à ocupação, 74 (56,92%) eram lavradores e a maior incidência na zona rural com 120 (92,31%) casos. A média de tempo entre acidente e atendimento médico foi de 12,58 horas e tempo médio para início da soroterapia de 11,51 horas. A média de internação hospitalar foram 5 dias. O desfecho principal foi cura com 117 (90,00%) dos casos. A complicação mais comum foi insuficiência renal crônica (22,3%) nos acidentes crotálicos. O esquema de soroterapia não seguiu o padronizado pela Fundação Nacional da Saúde. O perfil destes acidentes no Piauí é semelhante ao nacional, porém, medidas educativas devem ser tomadas em todos os níveis de atenção à saúde para melhoria da assistência prestada aos pacientes.