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CRISE DE REGULAÇÃO DO SISTEMA DE CRÉDITO E CRISE SISTÊMICA NO CAPITALISMO NEOLIBERAL
A crise que se abateu sobre o capitalismo mundial em meados de 2007 e 2008 a partir do estouro da bolha imobiliária nos chamados mercados subprime norte-americanos se nos afigura enquanto um ponto de ruptura na dinâmica dos acontecimentos que marcavam o predomínio até então de uma determinada estrutura de poder de classe nos moldes do chamado ideário neoliberal. A supremacia da esfera financeira sobre os circuitos de geração de valor real na economia evidenciados nas últimas duas décadas é emblemático de uma nova lógica hegemônica no âmbito do capitalismo mundial, que se alinha com uma série de transformações delineadas sobretudo a partir da falência do chamado Estado de Bem Estar Social ainda na década de 70. O arcabouço teórico marxista compreendendo a mecânica do desenvolvimento dos modernos sistemas de crédito nos dá ferramentas teóricas que possibilitam a compreensão da crise enquanto um corolário subjacente à multiplicação dos circuitos de circulação monetário-financeira, cujas contradições que lhe são intrínsecas concorrem para o engendramento de crises como a atual, em que a deflação de ativos e a superprodução de mercadorias sem a devida capacidade de realização são apenas sintomas naturais de uma determinada etapa de expansão do capitalismo, mediada por processos históricos específicos.