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A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR ENQUANTO DISPOSITIVO DE SUBJETIVAÇÃO NEOLIBERAL
Neste artigo procuramos problematizar o documento intitulado Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no qual define um conjunto de normas, competências e habilidades básicas de aprendizagem essencial como dever do aluno em desenvolvê-los. Para tal, recorremos ao filósofo francês Michel Foucault com o intuito de abrir a caixa de ferramentas naquilo que os conceitos de biopolítica, dispositivo e governamentalidade auxiliam na problemática levantada, qual seja, que tal documento por ser compreendido como um instrumento que compõe o dispositivo da governamentalidade que rege a biopolítica contemporânea, almejando regulamentar e formar subjetividades aos parâmetros das artes de governo neoliberal por um lado, porém, por outro lado, excluindo outras formas de vida que circulam na própria dinâmica da vida escolar, produzindo dessa maneira uma espécie de crise ética. Por fim, recorremos ao filósofo Nietzsche buscando sinalizar o sintoma do niilismo que paira sobre essa crise ética vivenciada e até provocada pelos dispositivos escolares. Dessa forma, parece que os dispositivos escolares buscam subjetivar a população escolar para adentrar as habilidades e competências estipuladas no documento oficial, ao passo que, almejando formar uma moral de rebanho da população que adentra as artes de governo imperante em detrimento do sufocamento de modos de vida outros e afirmativos da vida ético-político.