Gilmar Araújo de Oliveira, Edilícia Carneiro da Silva
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No presente artigo, pretende-se apresentar à luta Capoeira como forma de resistência aos efeitos do colonialismo e colonialidade. Subsequentemente do racismo estrutural que afeta a vida de todo o povo negro dentro da sociedade brasileira, sendo o racismo e a racialização, partes maiores de um plano de dominação que desumaniza e coisifica os corpos negros. Na sua relação de construção do Ser diante as situações do mundo no passado e presente, visando dar ênfase na sua potência como fenômeno de luta anticolonial e, portanto, antirracista. No cerne dessa questão se encontram a valorização da transmissão de conhecimento de forma pedagógica, mas não sistemática, onde a musicalidade assume papel de ensino junto ao ritmo do corpo e, portanto, construção da identidade. Deste modo, a capoeira essencializa ao ser negro/a uma forma de transcender a espacialidade, tanto pela qualidade daquilo que tange o físico como no modo de edificar sua pessoalidade, tangenciando as tecnologias de resistência e emancipação.