{"title":"CRÍTICAS DE MARX, WEBER E LUKÁCS AO CAPITALISMO","authors":"Maria Raquel Gomes Maia Pires","doi":"10.26512/pl.v7i13.14657","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo reflete sobre as especificidades, os embates e as articulações das críticas de Marx, Weber e Lukács ao capitalismo, no âmbito da contribuição desses filósofos à Teoria crítica da sociedade. Parte-se da seguinte questão: que articulação é possível fazer entre as críticas de Marx, Weber e Lukács ao pensamento liberal que sustenta o capitalismo? Como argumento central, defende-se que tanto Marx quanto Weber e Lukács - embora com perspectivas conceituais, históricas e filosóficas distintas e por vezes conflitantes , focam suas análises nos meios de racionalização e de justificação do capitalismo na sociedade liberal moderna. Em Marx, discute-se a importância metodológica da transição da circulação para a produção, com ênfase na crítica à ideologia liberal. Em seguida, faz-se uma reconstrução das objeções de Weber à noção de superestrutura marxista, a partir de sua interpretação da ética protestante como meio de justificação ao espírito do capitalismo. Por fim, analisa-se o processo de reificação das relações sociais no capitalismo em Lukács, à luz das críticas feitas por ele à filosofia clássica alemã. Conclui-se que os conceitos de ideologia, ética e reificação dos referidos autores auxiliam na compreensão crítica das entranhas da dominação capitalista.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"75 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26512/pl.v7i13.14657","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Este artigo reflete sobre as especificidades, os embates e as articulações das críticas de Marx, Weber e Lukács ao capitalismo, no âmbito da contribuição desses filósofos à Teoria crítica da sociedade. Parte-se da seguinte questão: que articulação é possível fazer entre as críticas de Marx, Weber e Lukács ao pensamento liberal que sustenta o capitalismo? Como argumento central, defende-se que tanto Marx quanto Weber e Lukács - embora com perspectivas conceituais, históricas e filosóficas distintas e por vezes conflitantes , focam suas análises nos meios de racionalização e de justificação do capitalismo na sociedade liberal moderna. Em Marx, discute-se a importância metodológica da transição da circulação para a produção, com ênfase na crítica à ideologia liberal. Em seguida, faz-se uma reconstrução das objeções de Weber à noção de superestrutura marxista, a partir de sua interpretação da ética protestante como meio de justificação ao espírito do capitalismo. Por fim, analisa-se o processo de reificação das relações sociais no capitalismo em Lukács, à luz das críticas feitas por ele à filosofia clássica alemã. Conclui-se que os conceitos de ideologia, ética e reificação dos referidos autores auxiliam na compreensão crítica das entranhas da dominação capitalista.