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Uma interpretação alternativa e kantiana do experimento de Libet
O objetivo principal do presente trabalho é analisar as consequências dos experimentos de Libet à filosofia moral kantiana. Kant afirmou serem a liberdade e a autonomia da vontade os princípios necessários à moralidade. A partir destes conceitos, desenvolveu um procedimento de averiguação moral capaz de julgar a correção de nossas máximas, o Imperativo Categórico. Benjamin Libet, neurocientista norte-americano, fez experimentos em que voluntários monitorados por uma máquina de EEG (eletroencefalograma), eram orientados a movimentar a mão/ punho quando sentissem vontade. Os resultados dessa experiência revelaram mudanças elétricas na atividade cerebral antes da ativação do músculo envolvido. Isso indicaria que a ação começou antes de o sujeito decidir e ter consciência dela. Tais conclusões colocariam em dúvida a possibilidade de existência do livre arbítrio. Frente à essa nova descoberta, é possível, ainda, defender a filosofia moral da liberdade, desenvolvida por Kant?