Júlio Policarpo, Marina Hazin, Da Silva, Rogerson Tenório de Andrade, Caroline Wanderley Souto Ferreira, Andrea Lemos
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A QV foi mensurada com o questionário WHOQOL-Bref; a força da Musculatura do Assoalho Pélvico (MAP), por meio do esquema PERFECT; além do registro de sintomas urinários. A assistência fisioterapêutica consistiu em terapia manual, cinesioterapia e uso de biofeedback com uma frequência de dois atendimentos por semana durante dez semanas. Para tabulação e análise, foi utilizada estatística descritiva com frequência, média e desvio padrão e uso do software Microsoft Excel® para Windows. Resultados: o perfil das pacientes foi de 30,83 anos ±8,13 (Média ± DP), 11,16 anos de estudo ±1,32 e renda baixa. A QV aumentou após a intervenção fisioterapêutica, de 70,8 ±11,91 para 73,2 ±21,22. As pacientes relataram previamente perdas urinárias e nocturia com posterior melhora dos sintomas, e 50% apresentaram aumento da força da MAP ao fim do tratamento. 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ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA NA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES TRANSGÊNERO SUBMETIDAS À CIRURGIA DE TRANSGENITALIZAÇÃO: UMA SÉRIE DE CASOS
Introdução: a Cirurgia de Readequação Sexual (CRS) é uma estratégia de readequação eficaz para mulheres transgênero. No entanto, em até três anos de pós-operatório, podem surgir complicações. Nesse contexto, a fisioterapia pode atuar para reduzir sintomas e melhorar a Qualidade de Vida (QV). Objetivo: avaliar e comparar a QV de mulheres transgênero submetidas à intervenção fisioterapêutica no pós-operatório da CRS. Método: uma série de casos, desenvolvida no Departamento de Fisioterapia da UFPE, Recife-PE, de agosto de 2017 a julho de 2018. Foram incluídas 6 mulheres transgênero submetidas à CRS com idade mínima de 21 anos. Foram analisados dados de QV, sociodemográficos, antropométricos e clínicos. A QV foi mensurada com o questionário WHOQOL-Bref; a força da Musculatura do Assoalho Pélvico (MAP), por meio do esquema PERFECT; além do registro de sintomas urinários. A assistência fisioterapêutica consistiu em terapia manual, cinesioterapia e uso de biofeedback com uma frequência de dois atendimentos por semana durante dez semanas. Para tabulação e análise, foi utilizada estatística descritiva com frequência, média e desvio padrão e uso do software Microsoft Excel® para Windows. Resultados: o perfil das pacientes foi de 30,83 anos ±8,13 (Média ± DP), 11,16 anos de estudo ±1,32 e renda baixa. A QV aumentou após a intervenção fisioterapêutica, de 70,8 ±11,91 para 73,2 ±21,22. As pacientes relataram previamente perdas urinárias e nocturia com posterior melhora dos sintomas, e 50% apresentaram aumento da força da MAP ao fim do tratamento. Conclusões: a assistência fisioterapêutica pode promover aumento de QV de mulheres transgenitalizadas e oferecer adequado acompanhamento à funcionalidade da MAP.