{"title":"假新闻","authors":"A. Lourenço","doi":"10.52753/bis.v21i1.36725","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Fake news é um novo nome para uma coisa velha. Esse problema, no formato atual, começou em 2016 na campanha à presidência dos EUA. Embora citado e comentado em demasia, é um assunto essencial, pois a desinformação parece estar avançando perigosamente em alguns campos da área da saúde. Os movimentos antivacina, negacionistas do aquecimento climático e até mesmo “terraplanistas” estão muitas vezespautando o debate. A chegada da Internet e das redes sociais potencializou o fenômeno das fake news, criando novas dinâmicasde disseminação de notícias falsas. A atual polarização política, câmeras de eco, arrastes emocionais e as teorias da dissonânciacognitiva e da racionalização motivada ajudam a entender o fenômeno. Combater esse tsunami de desinformação que afeta vários campos do conhecimento é um assunto premente, dadas as nocivas consequências das notícias falsas na sociedade. Além dos grupos de checagem organizados por veículos de imprensa tradicional, a educação e conscientização do público é um ponto central nessa guerra. Mas essa é uma empreitada complexa, devido aos arrastes emocionais que parecem neutralizar a capacidade crítica que pessoas instruídas deveriam ter. Na fotografia atual parecemos estar enxugando gelo, mas a persistência nessa luta é essencial para nos contrapormos à deseducação científica.","PeriodicalId":279969,"journal":{"name":"BIS. Boletim do Instituto de Saúde","volume":"47 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Fake news\",\"authors\":\"A. Lourenço\",\"doi\":\"10.52753/bis.v21i1.36725\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Fake news é um novo nome para uma coisa velha. Esse problema, no formato atual, começou em 2016 na campanha à presidência dos EUA. Embora citado e comentado em demasia, é um assunto essencial, pois a desinformação parece estar avançando perigosamente em alguns campos da área da saúde. Os movimentos antivacina, negacionistas do aquecimento climático e até mesmo “terraplanistas” estão muitas vezespautando o debate. A chegada da Internet e das redes sociais potencializou o fenômeno das fake news, criando novas dinâmicasde disseminação de notícias falsas. A atual polarização política, câmeras de eco, arrastes emocionais e as teorias da dissonânciacognitiva e da racionalização motivada ajudam a entender o fenômeno. Combater esse tsunami de desinformação que afeta vários campos do conhecimento é um assunto premente, dadas as nocivas consequências das notícias falsas na sociedade. Além dos grupos de checagem organizados por veículos de imprensa tradicional, a educação e conscientização do público é um ponto central nessa guerra. Mas essa é uma empreitada complexa, devido aos arrastes emocionais que parecem neutralizar a capacidade crítica que pessoas instruídas deveriam ter. Na fotografia atual parecemos estar enxugando gelo, mas a persistência nessa luta é essencial para nos contrapormos à deseducação científica.\",\"PeriodicalId\":279969,\"journal\":{\"name\":\"BIS. Boletim do Instituto de Saúde\",\"volume\":\"47 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2020-07-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"BIS. Boletim do Instituto de Saúde\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.52753/bis.v21i1.36725\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"BIS. Boletim do Instituto de Saúde","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.52753/bis.v21i1.36725","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Fake news é um novo nome para uma coisa velha. Esse problema, no formato atual, começou em 2016 na campanha à presidência dos EUA. Embora citado e comentado em demasia, é um assunto essencial, pois a desinformação parece estar avançando perigosamente em alguns campos da área da saúde. Os movimentos antivacina, negacionistas do aquecimento climático e até mesmo “terraplanistas” estão muitas vezespautando o debate. A chegada da Internet e das redes sociais potencializou o fenômeno das fake news, criando novas dinâmicasde disseminação de notícias falsas. A atual polarização política, câmeras de eco, arrastes emocionais e as teorias da dissonânciacognitiva e da racionalização motivada ajudam a entender o fenômeno. Combater esse tsunami de desinformação que afeta vários campos do conhecimento é um assunto premente, dadas as nocivas consequências das notícias falsas na sociedade. Além dos grupos de checagem organizados por veículos de imprensa tradicional, a educação e conscientização do público é um ponto central nessa guerra. Mas essa é uma empreitada complexa, devido aos arrastes emocionais que parecem neutralizar a capacidade crítica que pessoas instruídas deveriam ter. Na fotografia atual parecemos estar enxugando gelo, mas a persistência nessa luta é essencial para nos contrapormos à deseducação científica.