{"title":"亚马逊传奇:马汀塔·佩雷拉","authors":"Rosalina Albuquerque Henrique, Célia Suely Abreu Cota Cota","doi":"10.22533/at.ed.8951822116","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Meninos e meninas que aprendem a ler envolvidos em situações de leituras compartilhadas em contato direto com a literatura sentem-se incentivados a desenvolver melhor estratégias de compreensão de textos com condições em que sejam possibilitadas produções textuais de forma significativa. O que representa um marco ao desenvolvimento da personalidade, do espírito científico e de uma reflexão constante sobre tudo o que torna a vida mais decente, por isso, não é justo se fechar em práticas escolares para os estudantes dominarem o Sistema de Escrita Alfabética, mas, acima de tudo, o de levá-los a desenvolver habilidades fazendo uso desse sistema em diversas situações comunicativas. Fato demonstrado por Ferreiro (1985) que a aprendizagem de leitura e escrita das crianças começa muito antes mesmo delas frequentarem a escola, tendo esta o papel de aprofundar e assegurar os conhecimentos, procurando entender como se dá esse processo de aquisição e apropriação da linguagem. Podemos afirmar que o ensino de língua materna garante ao ser que inicia seus caminhos no mundo das letras saberes linguísticos essenciais à sua participação social efetiva na superação de desigualdades sociais, ainda presenciais em nossa sociedade. É válida a realização de situações didáticas que favoreçam aos alunos o domínio do dialeto padrão, sem a ideia do preconceito linguístico, da forma de falar em seu grupo familiar e em seu grupo social, pois “é preciso romper com o bloqueio de acesso ao poder, e a linguagem é um de seus caminhos. Se ela serve para bloquear — e disso ninguém dúvida —, também serve para romper o bloqueio” (GERALDI, 1997, p. 44). Albert Einstein dizia que aprendizagem é ação, do contrário é apenas informação. Informações as crianças estão cheias, mas elas precisam ser movimentadas, articuladas, vividas e pensadas em nossas salas de aulas. Ao observar um adulto interagindo com a escrita, o educando passa a compreender que a sua língua escrita tem uma função social: a de se comunicar e fazer-se comunicativo, mas podendo também gerar e resolver conflitos, solucionar problemas e interagir no meio em que vive, entendendo e construindo a sua história. “A leitura é, então, mais que uma atitude, uma forma de conhecimento e de inserção social que se articula com outros conhecimentos e expressões de cultura” (MARINHO; SILVA, 1998, p. 69), ligada ao ético, às relações histórico-sociais e políticas e à formação do cidadão ciente de sua função social. Isso inclui o aprendizado da criança voltado ao bom êxito do exercício da língua, visto que o manuseio de textos literários ou não nas aulas não podem servir como pretexto para explorar apenas informação pela informação. Em séries iniciais, os professores têm obtido resultados negativos porque quando pensam que devido à criança está ainda se apropriando do sistema de escrita alfabética ela tenha um interesse pelas letras, sílabas e palavras — posto que o que lhe chama atenção mesmo é a história. 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