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O problema das Alternativas Não Concebidas é eficaz contra a defesa abdutiva do realismo científico?
O debate acerca do realismo científico trata da relação entre as nossas melhores teorias científicas e o mundo. Nesse debate, o que está em discussão é, sobretudo, se existe uma razão para acreditarmos que as partes de nossas teorias científicas que tratam de fenômenos e entidades inobserváveis se referem, ainda que de modo aproximado, a fenômenos e entidades reais. Diante disso, os realistas defendem a tese de que nossas melhores teorias científicas são aproximadamente verdadeiras. Em 1975, o filósofo Hilary Putnam propôs um argumento a favor do realismo científico, considerando que o realismo “(…) é a única filosofia que não faz do sucesso da ciência um milagre.” (PUTNAM, 1975, p. 73). Esse argumento ficou conhecido como o Argumento do Milagre, sendo parte da estratégia chamada de defesa abdutiva do realismo científico. Em seu livro Exceeding our grasp (2006), Kyle Stanford desenvolve o que considera como um novo desafio a essa estratégia de defesa realista. O objetivo do presente trabalho consiste em analisar se essa objeção de Stanford é plausível contra a defesa abdutiva do realismo científico.