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Heidegger critica a metafísica subjetividade – a questão da vontade de poder, por exemplo, que parece desembocar num grande problema para o autor, que seria justamente a total inteligibilidade da realidade (um exercício sem dúvida operado pelo capitalismo). No entanto, apesar de criticar a subjetividade, não retira do humano sua excepcionalidade diante dos outros entes (como os animais e as pedras). Na verdade, apenas no humano a virada (o segundo começo) pode se dar. A ideia de que tal evento possa ocorrer apenas no humano me faz pensar em como as ideias de Heidegger, a revelia do que o próprio esperava, alimentam uma forma de exclusão do outro através do mesmo, muito semelhante à articulada pelo capitalismo (principalmente em sua forma tardia e contemporânea). Capitalismo e metafísica, portanto, seriam dois lados da mesma moeda. Nesse ensaio, gostaria de (re)pensar o conceito da “máquina antropológica” heideggeriana à luz dos conceitos de geotrauma, geontopoder e geontologia, numa tentativa de especular a respeito da intrusão do Húmus naquilo que Heidegger chama de História do Seer, movimento essencial para o segundo começo.