V. Gonçalves, Larissa de Souza Ananias, Izabela da Silva Pinheiro, Aylee de Souza Cordeiro, Isabela da Costa Monnerat, Selma Villas Boas Teixeira, Leila da Silva Rangel, Yamê Regina Alves, Luíza Pereira Maia de Oliveira
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Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória, qualitativa, desenvolvida em três municípios do estado do Rio de Janeiro, sendo um hospital universitário, localizado na Zona Norte do município do Rio de Janeiro (RJ), e duas unidades de assistência especializada em vírus da imunodeficiência humana/aids, localizadas nos municípios de Macaé (RJ) e Rio das Ostras (RJ). A técnica de coleta de dados foi um roteiro de entrevista semiestruturada. Resultados: Foram entrevistadas 27 mulheres, das quais 24 vivenciaram violência perpetrada por parceiro íntimo. As formas de violência relatadas foram a psicológica, para 19 mulheres, física, para 12 delas, sexual, para 5 das mulheres, patrimonial, para 10 delas, e moral, para 18 delas. Dessas, 10 se autodeclararam de cor preta, 10 pardas e 7 brancas. Quanto à escolaridade, apenas 1 possuía ensino superior completo, 11 possuíam ensino médio completo e 8 ainda não haviam concluído. Uma completou apenas o ensino fundamental e seis pararam de estudar ainda nesse período. Quanto ao preservativo, 22 nunca haviam usado. Onze relataram ter tido inúmeros relacionamentos. Conclusão: Os dados analisados possibilitaram a identificação do perfil das gestantes positivas para o vírus da imunodeficiência humana/aids nas regiões em questão, mostrando que a baixa escolaridade, a cor da pele preta ou parda, as relações sexuais com muitos parceiros e o não uso do preservativo podem se tornar fatores de risco tanto para vivenciar a violência perpetrada por parceiro íntimo como para contrair o vírus da imunodeficiência humana.","PeriodicalId":350000,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Caracterização de mulheres grávidas positivas para o vírus da imunodeficiência humana que vivenciam violência por parceiro íntimo\",\"authors\":\"V. 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Caracterização de mulheres grávidas positivas para o vírus da imunodeficiência humana que vivenciam violência por parceiro íntimo
Introdução: A violência e o vírus da imunodeficiência humana são problemas sociais que possuem consequências nefastas à saúde das mulheres grávidas, principalmente. Esse contexto acarreta a alta prevalência de violência perpetrada por parceiro íntimo na gravidez, causando repercussões negativas à saúde do binômio mãe-bebê e aumentando o risco de transmissão do vírus da imunodeficiência humana, bem como de outras infecções sexualmente transmissíveis. Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico de mulheres grávidas convivendo com vírus da imunodeficiência humana e sua relação com a violência por parceiro íntimo. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória, qualitativa, desenvolvida em três municípios do estado do Rio de Janeiro, sendo um hospital universitário, localizado na Zona Norte do município do Rio de Janeiro (RJ), e duas unidades de assistência especializada em vírus da imunodeficiência humana/aids, localizadas nos municípios de Macaé (RJ) e Rio das Ostras (RJ). A técnica de coleta de dados foi um roteiro de entrevista semiestruturada. Resultados: Foram entrevistadas 27 mulheres, das quais 24 vivenciaram violência perpetrada por parceiro íntimo. As formas de violência relatadas foram a psicológica, para 19 mulheres, física, para 12 delas, sexual, para 5 das mulheres, patrimonial, para 10 delas, e moral, para 18 delas. Dessas, 10 se autodeclararam de cor preta, 10 pardas e 7 brancas. Quanto à escolaridade, apenas 1 possuía ensino superior completo, 11 possuíam ensino médio completo e 8 ainda não haviam concluído. Uma completou apenas o ensino fundamental e seis pararam de estudar ainda nesse período. Quanto ao preservativo, 22 nunca haviam usado. Onze relataram ter tido inúmeros relacionamentos. Conclusão: Os dados analisados possibilitaram a identificação do perfil das gestantes positivas para o vírus da imunodeficiência humana/aids nas regiões em questão, mostrando que a baixa escolaridade, a cor da pele preta ou parda, as relações sexuais com muitos parceiros e o não uso do preservativo podem se tornar fatores de risco tanto para vivenciar a violência perpetrada por parceiro íntimo como para contrair o vírus da imunodeficiência humana.