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PANDEMIA E PANDEMÔNIO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO: REFLEXÕES SOBRE A PRODUÇÃO DAS DIFERENÇAS
Este texto apresenta algumas considerações sobre os efeitos necropolíticos da Covid-19 no Brasil contemporâneo, a partir da análise de quatro “discursos-cenas” amplamente divulgados na mídia brasileira acerca do cenário da pandemia no País ao longo de 2020 (ano que marca o início da pandemia no País) e 2021. A análise de discursos, proferidos pelo atual presidente da República, bem como por alguns de seus ministros e apoiadores, são reveladores de que a crise da pandemia e as estratégias para seu enfrentamento não se reduzem a uma dimensão epidemiológica. À luz do debate sobre marcadores sociais de diferença (gênero, sexualidade, classe, raça/cor, etnia, geração, entre outros), chama-se a atenção para a importância ético-política do exercício de desconfiança e desnaturalização dos regimes de verdade que sustentam os racismos de Estado contemporâneos. Apresenta-se ainda reflexões em torno da produção das diferenças no Brasil pós-pandemia da Covid-19 em termos de desigualdades históricas, além de apontar para a necessidade de enfrentamentos e resistências às hierarquizações sociais, especialmente em um contexto de ódio às diferenças.