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“Segundo as leis da beleza”: evolução e elevação em um soneto de Antero de Quental
Neste artigo, analisamos o soneto “Evolução” (1886), do poeta português Antero de Quental, considerando o momento de sua produção, quando o tema da evolução não só já havia posto à prova sistemas filosóficos, postulados religiosos e convenções sociais, como já recebera uma interpretação político-filosófica que se tornara hegemônica na segunda metade do século XIX, o darwinismo social. Nessa configuração determinada, o soneto aqui analisado, assim como muitos outros da obra de Quental, parece caminhar na direção contrária a essa tendência naturalista. Investigamos aqui as razões para tal dissonância entre o poema e sua época, apostando na hipótese de que o tema da evolução, no soneto de Antero, é composto artisticamente “segundo as leis da beleza” (Marx, 2004) e, por essa razão, escapa do idealismo e do naturalismo, elevando a evolução a sua real dimensão histórica.