N. Sousa, S. B. Pinheiro, Keyla Maciel Carvalho, João Vicente Silva Souza
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Como estratégia de busca, foi adotada uma pesquisa com base nas palavras-chave: cryptococcosis, Cryptococcus, immunocompetent e cryptococcal meningitis. Os critérios de inclusão foram: artigos originais publicados no período de 2002 a 2022 e os critérios de exclusão: revisões de literatura e relato de casos. Foram obtidos 112 artigos. Destes, 31 artigos se enquadraram nos critérios de inclusão propostos. Resultados: Como resultado e ao contrário do que se esperava, a espécie C. neoformans (64,5%) foi a mais citada como causadora de criptococose em pacientes imunocompetentes, seguida da espécie C. gattii (35,5%). A maioria dos indivíduos acometidos eram do sexo masculino (67,7%) e adultos (90,3%). Cefaleia, febre e náuseas eram os sinais e sintomas mais relatados. Por fim, a meningite era a principal forma de acometimento nos pacientes imunocompetentes (87,1%). A fisiopatologia da meningite criptocócica nesses pacientes ainda não é totalmente compreendida, mas a infecção parece resultar de uma resposta imune mal adaptada à exposição criptocócica. A fim de que o tratamento antifúngico seja iniciado o mais rápido possível, é de suma importância que médicos permaneçam vigilantes e suspeitem da infecção por Cryptococcus spp. também em indivíduos imunocompetentes. 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CRIPTOCOCOSE: UMA REVISÃO DA INFECÇÃO NOS PACIENTES IMUNOCOMPETENTES
Introdução: A criptococose é uma infecção oportunista causada pela inalação de leveduras pertencentes ao gênero Cryptococcus, com cerca de 181.000 mortes anualmente e, com taxas de mortalidade de 100% se as infecções não forem tratadas. Embora a grande maioria dos pacientes infectados com criptococose disseminada sejam os pacientes imunocomprometidos, C. neoformans e C. gattii podem também causar doença em hospedeiros aparentemente saudáveis. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi fazer um levantamento da criptococose em pacientes imunocompetentes nos últimos anos. Material e métodos: Foi realizado uma revisão da literatura e para o levantamento dos dados foram selecionados artigos no banco de dados US National Library of Medicine (PubMed). Como estratégia de busca, foi adotada uma pesquisa com base nas palavras-chave: cryptococcosis, Cryptococcus, immunocompetent e cryptococcal meningitis. Os critérios de inclusão foram: artigos originais publicados no período de 2002 a 2022 e os critérios de exclusão: revisões de literatura e relato de casos. Foram obtidos 112 artigos. Destes, 31 artigos se enquadraram nos critérios de inclusão propostos. Resultados: Como resultado e ao contrário do que se esperava, a espécie C. neoformans (64,5%) foi a mais citada como causadora de criptococose em pacientes imunocompetentes, seguida da espécie C. gattii (35,5%). A maioria dos indivíduos acometidos eram do sexo masculino (67,7%) e adultos (90,3%). Cefaleia, febre e náuseas eram os sinais e sintomas mais relatados. Por fim, a meningite era a principal forma de acometimento nos pacientes imunocompetentes (87,1%). A fisiopatologia da meningite criptocócica nesses pacientes ainda não é totalmente compreendida, mas a infecção parece resultar de uma resposta imune mal adaptada à exposição criptocócica. A fim de que o tratamento antifúngico seja iniciado o mais rápido possível, é de suma importância que médicos permaneçam vigilantes e suspeitem da infecção por Cryptococcus spp. também em indivíduos imunocompetentes. Conclusão: Portanto, conclui-se que a criptococose é um importante problema de saúde pública e torna-se necessário disseminar a informação que a meningite criptocócica também atinge pacientes imunocompetentes com mais frequência do que se pode imaginar.