Lara Verardo Gomes dos Santos, Karine Panuce De Oliveira, Heliara Maria Spina Canela
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Embora esse aumento possa significar melhoria na cobertura do atendimento pré-natal, com ampliação da quantidade de diagnósticos, também reflete deficiências no processo de prevenção de tal infecção. A região Sudeste é responsável pela maioria dos casos seguida por Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste. No ano de 2019, a maioria das notificações ocorreu no primeiro trimestre de gestação (38,7%), com o terceiro trimestre logo em seguida, com 30,4%, o segundo trimestre com 24,2% e os casos com idade gestacional ignorada foram 6,5% do total. Estudos indicam que a sífilis gestacional está relacionada a menores níveis de escolaridade e situação socioeconômica desprivilegiada, com dificuldade de acesso ao atendimento pré-natal. O diagnóstico da infecção é baseado em testes sorológicos treponêmicos e não treponêmicos, além dos sinais clínicos, que podem estar ausentes. O tratamento é realizado principalmente com penicilina, geralmente por via intramuscular. Atualmente, no Brasil, preconiza-se o tratamento da gestante após um resultado positivo nos testes laboratoriais, de maneira a não se perder a oportunidade de tratamento. Conclusão: É possível observar que muito ainda deve ser feito para o controle da sífilis gestacional no país e essas medidas devem ser baseadas em ações de prevenção, educação em saúde e diagnóstico e tratamento oportuno. São necessárias ações integradas entre os diferentes níveis de gestão, para que tal agravo atinja níveis aceitáveis no Brasil.","PeriodicalId":435751,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Doenças Infectocontagiosas On-line","volume":"7 3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"ASPECTOS RELACIONADOS À SÍFILIS GESTACIONAL NO BRASIL\",\"authors\":\"Lara Verardo Gomes dos Santos, Karine Panuce De Oliveira, Heliara Maria Spina Canela\",\"doi\":\"10.51161/rems/2201\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, que tem a bactéria Treponema pallidum como seu agente etiológico. 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No ano de 2019, a maioria das notificações ocorreu no primeiro trimestre de gestação (38,7%), com o terceiro trimestre logo em seguida, com 30,4%, o segundo trimestre com 24,2% e os casos com idade gestacional ignorada foram 6,5% do total. Estudos indicam que a sífilis gestacional está relacionada a menores níveis de escolaridade e situação socioeconômica desprivilegiada, com dificuldade de acesso ao atendimento pré-natal. O diagnóstico da infecção é baseado em testes sorológicos treponêmicos e não treponêmicos, além dos sinais clínicos, que podem estar ausentes. O tratamento é realizado principalmente com penicilina, geralmente por via intramuscular. Atualmente, no Brasil, preconiza-se o tratamento da gestante após um resultado positivo nos testes laboratoriais, de maneira a não se perder a oportunidade de tratamento. 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ASPECTOS RELACIONADOS À SÍFILIS GESTACIONAL NO BRASIL
Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, que tem a bactéria Treponema pallidum como seu agente etiológico. Quando adquirida durante a gestação e não tratada adequadamente, pode ser transmitida verticalmente, resultando na sífilis congênita, que pode resultar em várias consequências. Embora seja prevenível, a sífilis gestacional ainda se apresenta como importante agravo de saúde no Brasil. Objetivos: O presente estudo teve por objetivo analisar a sífilis gestacional no país. Material e métodos: Foi realizada uma revisão de literatura, utilizando-se os indexadores SciELO e PubMed. Resultados: Foi possível observar uma tendência de crescimento nos casos de sífilis gestacional de 2009 a 2018, com uma pequena redução no ano de 2019. Embora esse aumento possa significar melhoria na cobertura do atendimento pré-natal, com ampliação da quantidade de diagnósticos, também reflete deficiências no processo de prevenção de tal infecção. A região Sudeste é responsável pela maioria dos casos seguida por Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste. No ano de 2019, a maioria das notificações ocorreu no primeiro trimestre de gestação (38,7%), com o terceiro trimestre logo em seguida, com 30,4%, o segundo trimestre com 24,2% e os casos com idade gestacional ignorada foram 6,5% do total. Estudos indicam que a sífilis gestacional está relacionada a menores níveis de escolaridade e situação socioeconômica desprivilegiada, com dificuldade de acesso ao atendimento pré-natal. O diagnóstico da infecção é baseado em testes sorológicos treponêmicos e não treponêmicos, além dos sinais clínicos, que podem estar ausentes. O tratamento é realizado principalmente com penicilina, geralmente por via intramuscular. Atualmente, no Brasil, preconiza-se o tratamento da gestante após um resultado positivo nos testes laboratoriais, de maneira a não se perder a oportunidade de tratamento. Conclusão: É possível observar que muito ainda deve ser feito para o controle da sífilis gestacional no país e essas medidas devem ser baseadas em ações de prevenção, educação em saúde e diagnóstico e tratamento oportuno. São necessárias ações integradas entre os diferentes níveis de gestão, para que tal agravo atinja níveis aceitáveis no Brasil.