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Psicologia clínica e psicologia comunitária – Uma proposta de convivência pacífica
Na tentativa de propor uma conciliação das práticas comunitária e clínica em Psicologia, pretendemos desenvolver os seguintes elementos em ambas as propostas: uma prática de escuta às situações emergentes, uma postura ética e política de escuta aos sujeitos e a promoção da saúde engajada na realidade social brasileira. Ambas as perspectivas podem ser complementares desde que partamos da unidade e não da dicotomia entre elas. Defendemos que as propostas de Psicologia Comunitária, inaugurada por Martin-Baró, e de Psicologia Clínica em uma perspectiva fenomenológico-existencial, inaugurada por Binswanger, prescindem da necessidade de se excluírem mutuamente visto que ambas partem da concepção de comunidade como elemento unificador do binômio ser e mundo. Apostamos na construção de práticas ético-políticas pela necessidade de se promover uma união entre clínica e comunidade, entre natureza humana e social, tal como defendidas por Krenak e Kopenawa. E ainda, dando voz à cultura brasileira e em uma defesa do movimento Modernista, dialogamos com Oswald de Andrade, Clarice Lispector, Manoel de Barros, Manoel Bandeira, Rubem Alves e Guimarães Rosa. Em conclusão, a proposta é de que a clínica psicológica na perspectiva do nós se estabelece como processo sociopolítico de injunção dos assujeitados, resistência à massificação e a derrocada do poder do impessoal no gerenciamento da vida.