Bruno Melo Alkimim, Solinger Mª Alves Junio, Flávio Guilherme Pereira Lima, A. Santos
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Material e Métodos: Este estudo foi elaborado através do método de revisão integrativa, utilizando as principais ferramentas online de busca de artigos científicos e/ou clínicos publicados entre os anos 2000 e 2021, indexados em fontes multinacionais. Resultados: Dados obtidos de um estudo no sistema prisional de Campinas identificou que a taxa de coinfecção Tuberculose - HIV é de 60%. Já em um estudo epidemiológico no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul, 20,6% foram considerados sintomáticos respiratórios, com prevalência de tuberculose e HIV de 1,9% e 4,48%. Além disso, em um estudo realizado em 2013 na população carcerária do Estado do Mato Grosso do Sul foi evidenciado que a prevalência de tuberculose era de 22,5% e desses participantes 1,63% eram soropositivos. Nesse sentido, considera-se que a coinfecção é mais elevada entre presidiários do que n restante da população, representando grande risco de infecção e sendo a principal causa de morte em pacientes com AIDS. Nota-se também que uma investigação precária dos fatores de risco; a subnotificação; o abandono ao tratamento e a não identificação dos sintomáticos respiratórios dificultam a assistência e contribuem para o aumento dessa prevalência. Conclusão: Foi observado que os detentos se encontram em situação de extrema vulnerabilidade, embora sejam amparados pelos Direitos Humanos. Nesse viés, destaca-se a importância da construção de um planejamento efetivo, voltado para a notificação e o combate à proliferação de tais enfermidades. Para isso, faz-se necessário investir em políticas públicas que estimulem o tratamento e garantam dignidade ao preso, sobretudo com a realização de testes frequentes nos sintomáticos respiratórios, assim como o acompanhamento dos casos resistentes aos medicamentos e o manejo seguro dos pacientes isolados.","PeriodicalId":435751,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Doenças Infectocontagiosas On-line","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-10-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"PREVALÊNCIA DE COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV NO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO\",\"authors\":\"Bruno Melo Alkimim, Solinger Mª Alves Junio, Flávio Guilherme Pereira Lima, A. 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PREVALÊNCIA DE COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV NO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO
Introdução: A coinfecção tuberculose/HIV é um problema de saúde pública presente na vida de muitos brasileiros, especificamente no ambiente prisional, onde a superlotação favorece a disseminação da Mycobacterium tuberculosis. Nesse contexto, a tuberculose, quando associada à infecção pelo HIV, representa grande impacto na mortalidade por AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) no país. Objetivos: Descrever a prevalência da tuberculose em pessoas vivendo com o HIV no ambiente carcerário brasileiro e evidenciar os fatores que influenciam na associação dessas doenças. Material e Métodos: Este estudo foi elaborado através do método de revisão integrativa, utilizando as principais ferramentas online de busca de artigos científicos e/ou clínicos publicados entre os anos 2000 e 2021, indexados em fontes multinacionais. Resultados: Dados obtidos de um estudo no sistema prisional de Campinas identificou que a taxa de coinfecção Tuberculose - HIV é de 60%. Já em um estudo epidemiológico no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul, 20,6% foram considerados sintomáticos respiratórios, com prevalência de tuberculose e HIV de 1,9% e 4,48%. Além disso, em um estudo realizado em 2013 na população carcerária do Estado do Mato Grosso do Sul foi evidenciado que a prevalência de tuberculose era de 22,5% e desses participantes 1,63% eram soropositivos. Nesse sentido, considera-se que a coinfecção é mais elevada entre presidiários do que n restante da população, representando grande risco de infecção e sendo a principal causa de morte em pacientes com AIDS. Nota-se também que uma investigação precária dos fatores de risco; a subnotificação; o abandono ao tratamento e a não identificação dos sintomáticos respiratórios dificultam a assistência e contribuem para o aumento dessa prevalência. Conclusão: Foi observado que os detentos se encontram em situação de extrema vulnerabilidade, embora sejam amparados pelos Direitos Humanos. Nesse viés, destaca-se a importância da construção de um planejamento efetivo, voltado para a notificação e o combate à proliferação de tais enfermidades. Para isso, faz-se necessário investir em políticas públicas que estimulem o tratamento e garantam dignidade ao preso, sobretudo com a realização de testes frequentes nos sintomáticos respiratórios, assim como o acompanhamento dos casos resistentes aos medicamentos e o manejo seguro dos pacientes isolados.