Fernando A. M. Lessa, Liêver Moura de Oliveira, Letícia Maria Mendonça Arrais, Davi Weyne Linhares, Adriana Pinheiro Bezerra Pires
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Ademais, o atraso do diagnóstico e, nos pacientes já em tratamento, das necessidades de mudanças terapêuticas quando das falhas do tratamento ou das recidivas da doença, representam um grande desafio, tendo em vista seu impacto na progressão tumoral, na descontinuidade do tratamento, e todas as suas implicações. Objetivos: Analisar os impactos negativos da pandemia pelo COVID-19 no diagnóstico oncológico infantil, do ponto do atraso do mesmo e potencial piora no prognóstico. Materiais e Métodos: No intuito de adquirir os resultados mais compatíveis acerca do tema “Atraso no diagnóstico oncológico em pacientes pediátricos durante a pandemia pelo COVID-19”, foram inseridos no buscador da plataforma MEDLINE (PubMed), as palavras-chave, “COVID-19”, “diagnosis” e “pediatric cancer”. As buscas identificaram artigos apenas em inglês, no período de 2020-2021. Resultados: Comparando anos anteriores ao período da pandemia, o número de novos casos de câncer pediátrico reduziu consideravelmente, sugerindo um retrocesso no número de diagnósticos, atrelado às restrições das consultas eletivas nos serviços pediátricos. Outrossim, com a escassez de insumos terapêuticos e o grande número de perdas de seguimento no tratamento oncológico, houve priorização de pacientes crônicos ou com doenças avançadas, em detrimento ao diagnóstico de novos casos. Conclusão: É tácito que a pandemia pelo COVID-19 possui impacto negativo sobre novos diagnósticos oncológicos em pacientes pediátricos; além de dificultar o seguimento em casos anteriormente diagnosticados, fatos que culminam em piores prognósticos.","PeriodicalId":271829,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Nacional Multidisciplinar de Oncologia On-line","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-07-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"ATRASO NO DIAGNÓSTICO ONCOLÓGICO EM PACIENTES PEDIÁTRICOS DURANTE A PANDEMIA PELO COVID-19\",\"authors\":\"Fernando A. M. 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ATRASO NO DIAGNÓSTICO ONCOLÓGICO EM PACIENTES PEDIÁTRICOS DURANTE A PANDEMIA PELO COVID-19
Introdução: Com a pandemia pelo COVID-19, a cobertura das redes de saúde em nosso país para pacientes oncológicos tornou-se ainda mais deficitária, causando impactos a serem estudados no prognóstico dessa população. Nessa perspectiva, o grupo pediátrico também foi fortemente prejudicado, pois a descoberta precoce de tal condição envolve uma gama de fatores que impactam não somente na durabilidade da doença, como pode ocasionar maiores danos psicológicos, familiares e sociais, diretamente afetados pelo momento do diagnóstico. Ademais, o atraso do diagnóstico e, nos pacientes já em tratamento, das necessidades de mudanças terapêuticas quando das falhas do tratamento ou das recidivas da doença, representam um grande desafio, tendo em vista seu impacto na progressão tumoral, na descontinuidade do tratamento, e todas as suas implicações. Objetivos: Analisar os impactos negativos da pandemia pelo COVID-19 no diagnóstico oncológico infantil, do ponto do atraso do mesmo e potencial piora no prognóstico. Materiais e Métodos: No intuito de adquirir os resultados mais compatíveis acerca do tema “Atraso no diagnóstico oncológico em pacientes pediátricos durante a pandemia pelo COVID-19”, foram inseridos no buscador da plataforma MEDLINE (PubMed), as palavras-chave, “COVID-19”, “diagnosis” e “pediatric cancer”. As buscas identificaram artigos apenas em inglês, no período de 2020-2021. Resultados: Comparando anos anteriores ao período da pandemia, o número de novos casos de câncer pediátrico reduziu consideravelmente, sugerindo um retrocesso no número de diagnósticos, atrelado às restrições das consultas eletivas nos serviços pediátricos. Outrossim, com a escassez de insumos terapêuticos e o grande número de perdas de seguimento no tratamento oncológico, houve priorização de pacientes crônicos ou com doenças avançadas, em detrimento ao diagnóstico de novos casos. Conclusão: É tácito que a pandemia pelo COVID-19 possui impacto negativo sobre novos diagnósticos oncológicos em pacientes pediátricos; além de dificultar o seguimento em casos anteriormente diagnosticados, fatos que culminam em piores prognósticos.