“E AGORA, COMO A GENTE FAZ PARA SE PEGAR?”

O cotidiano dentro de uma prisão de mulheres ainda é uma realidadedistante para muitos, isso se intensifica ainda mais quando o assunto égênero, sexualidade ou emoção, o que se expressa tanto na formulaçãode políticas públicas como na opinião do senso comum. Diante disso, oobjetivo deste trabalho foi etnografar os relacionamentos amorososentre as internas da Prisão Feminina do Complexo Penal Dr. JoãoChaves. Para isso, foram utilizados métodos qualitativos comoobservação participante, entrevistas semiestruturadas e rodas deconversa, que resultaram na identificação dos três principais termos declassificação de gênero e dos quatro principais tipos de relacionamentosexistentes na prisão. Essas classificações locais, transformadas emcategorias de análise, ajudaram a concluir que os modelos derelacionamento amoroso, dentro da prisão, apesar de pautados emsímbolos externos, possuem fortes contornos institucionais.