ESTUDOS CITOGENÉTICOS EM RINELORICARIA PENTAMACULATA (LORICARIIDAE:LORICARIINAE): UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Introdução: As espécies de peixes do gênero Rineloricaria apresentam 76 espécies válidas que sob o ponto de vista citogenético tem sido pouco investigada, contudo, apesar de escassos os estudos demostram que grande variabilidade cromossômica, com número diplóide variando de 2n=36 a 2n=70, além disso, polimorfismos cromossômicos numéricos e estruturais êem sido observados em algumas espécies do gênero, como na espécie Rineloricaria pentamaculata, com maior número de populações estudadas até o presente momento. Objetivo: Desta forma, o presente estudo tem por objetivo realizar uma revisão da literatura sobre os estudos citogenéticos conduzidos na espécie R. pentamaculata. Materiais e métodos: Foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed, Google Acadêmico, Scientific Electronic Liberary Online (ScieELO), sendo encontrados 7 estudos (artigos, dissertações e teses em inglês e português) lidos na íntegra e compiladas informações referentes a local de coleta (nome do rio, ribeirão ou córrego), bacia hidrográfica e estado da federação, com relação aos dados citogenéticos foram reunidas informações sobre: número diplóide (2n), número fundamental (NF), fórmula cariotípica (FC), sistema de NOR e par portador da NOR (Ag-NOR e DNA 18S), quantidade e par portador de sítios de DNAr 5S e presença de cromossomos Bs. Resultados: Desta forma, as diferentes populações de R. pentamaculata apresentaram número diplóide variando de 2n=54 a 2n=58 cromossomos, além de diferenças nas fórmulas cariotípicas, número fundamental, sistema de NOR (simples e múltiplo) e presença de cromossomos B, sendo que a maioria dos estudos foram realizados em populações pertencentes a bacia do Alto Paraná. Contudo, a maioria das populações apresentaram características citogenéticas similares exibindo 2n=56 cromossomos distribuídos em 8m/sm+48st/a (número fundamental igual a 64) e sistema NOR simples revelado por hibridização fluorescente in situ (FISH) com sonda de rDNA 18S, nitrato de prata e banda C positiva, tais características foram consideradas conservadas para a espécie. Conclusão: Todos os estudos revisados sugerem que os  rearranjos cromossômicos robertsonianos provavelmente contribuíram a evolução cariotípica da espécie, desta forma, discutimos aspectos relacionados a este e outros fatores associados a evolução do grupo.