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Os efeitos adversos e as toxicidades devem ser monitorados, graduadas e notificadas.Objetivo: Conhecer as produções científicas nacionais e internacionais sobre os efeitos adversos e a toxicidade do tratamento quimioterápico em pacientes pediátricos.Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de artigos realizada nas bases de Scientific Eletronic Library Online (SciELO), PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com os seguintes descritores: “toxicidade”, “efeitos adversos”, “oncologia”, “quimioterapia” e “pediatria”. Foram incluídos artigos publicados entre 2011 e 2016, nos idiomas português, inglês e espanhol e que estivessem disponíveis na íntegra sem restrição de acessibilidade.Resultados: Foram selecionados 13 artigos que contemplavam o objetivo do estudo, destes, apenas dois nacionais. Entre as toxicidades citadas estão: cardiotoxicidade, neutropenia febril, mucosite, neuropatia periférica, neurotoxicidade central, hepatotoxicidade e ototoxicidade. Oito artigos classificaram a toxicidade, enquanto sete não. Asparaginase, vincristina e doxorrubicina, foram alguns dos quimioterápicos antineoplásicos presentes nos estudos.Conclusão: Apesar das altas taxas de cura das neoplasias infanto-juvenis e aos avanços no tratamento, deve-se considerar a toxicidade do mesmo para estes pacientes. A literatura vigente enfatiza a necessidade de novos estudos que visem à identificação das toxicidades relacionadas ao tratamento quimioterápico. Reforça-se, também, a necessidade de registro e da classificação das toxicidades, para que se tenha conhecimento dos efeitos adversos e das toxicidades do tratamento quimioterápico antineoplásico. 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Toxicidade e efeitos adversos decorrente do tratamento quimioterápico antineoplásico em pacientes pediátricos: revisão integrativa
Introdução: O câncer infanto-juvenil é considerado raro quando comparado ao câncer no adulto, porém houve aumento nas taxas de incidência, nos últimos anos. O uso de quimioterápicos antineoplásicos é uma das modalidades terapêuticas para tratamento das neoplasias. Em virtude da ação não específica dos quimioterápicos, ocorrem os efeitos adversos e a toxicidade. Os efeitos adversos e as toxicidades devem ser monitorados, graduadas e notificadas.Objetivo: Conhecer as produções científicas nacionais e internacionais sobre os efeitos adversos e a toxicidade do tratamento quimioterápico em pacientes pediátricos.Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de artigos realizada nas bases de Scientific Eletronic Library Online (SciELO), PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com os seguintes descritores: “toxicidade”, “efeitos adversos”, “oncologia”, “quimioterapia” e “pediatria”. Foram incluídos artigos publicados entre 2011 e 2016, nos idiomas português, inglês e espanhol e que estivessem disponíveis na íntegra sem restrição de acessibilidade.Resultados: Foram selecionados 13 artigos que contemplavam o objetivo do estudo, destes, apenas dois nacionais. Entre as toxicidades citadas estão: cardiotoxicidade, neutropenia febril, mucosite, neuropatia periférica, neurotoxicidade central, hepatotoxicidade e ototoxicidade. Oito artigos classificaram a toxicidade, enquanto sete não. Asparaginase, vincristina e doxorrubicina, foram alguns dos quimioterápicos antineoplásicos presentes nos estudos.Conclusão: Apesar das altas taxas de cura das neoplasias infanto-juvenis e aos avanços no tratamento, deve-se considerar a toxicidade do mesmo para estes pacientes. A literatura vigente enfatiza a necessidade de novos estudos que visem à identificação das toxicidades relacionadas ao tratamento quimioterápico. Reforça-se, também, a necessidade de registro e da classificação das toxicidades, para que se tenha conhecimento dos efeitos adversos e das toxicidades do tratamento quimioterápico antineoplásico. Sendo assim, é essencial o acompanhamento das toxicidades tardias de sobreviventes do câncer infantil que são impactantes para o desenvolvimento e qualidade de vida dos mesmos.