{"title":"Estética da ferocidade","authors":"Rafael dos Santos Ferreira","doi":"10.53981/(des)troos.v3i2.41697","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste ensaio, procuro desenvolver a noção de estética da ferocidade. Para isso, primeiramente, busco me relacionar criticamente com alguns elementos da Escola de Frankfurt e dos Estudos Queer. A respeito da primeira escola de pensamento, reflito sobre o teórico Herbert Marcuse. Diante de Marcuse, é possível compreender – já na década de 1960 – uma valorização dos saberes minoritários, da produção de novas formas de subjetividade, de uma positivação das sexualidades ditas perversas e, também, a valorização das utopias que se pode chamar de subalternas. A respeito da segunda escola de pensamento – os Estudos Queer –, é possível encontrar muitas semelhanças com o pensamento de Marcuse, mas penso que o queer evoca uma experiência de desestruturação dos processos normativos, ou ainda de determinadas ontologias. Nesse sentido, o que direciono para uma estética da ferocidade seria a compreensão do queer como uma experiência de implosão dos processos normativos, mas, também, de uma explosão do Simbólico via pulsão de morte.","PeriodicalId":263118,"journal":{"name":"(Des)troços: revista de pensamento radical","volume":"86 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-04-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"(Des)troços: revista de pensamento radical","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.53981/(des)troos.v3i2.41697","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Neste ensaio, procuro desenvolver a noção de estética da ferocidade. Para isso, primeiramente, busco me relacionar criticamente com alguns elementos da Escola de Frankfurt e dos Estudos Queer. A respeito da primeira escola de pensamento, reflito sobre o teórico Herbert Marcuse. Diante de Marcuse, é possível compreender – já na década de 1960 – uma valorização dos saberes minoritários, da produção de novas formas de subjetividade, de uma positivação das sexualidades ditas perversas e, também, a valorização das utopias que se pode chamar de subalternas. A respeito da segunda escola de pensamento – os Estudos Queer –, é possível encontrar muitas semelhanças com o pensamento de Marcuse, mas penso que o queer evoca uma experiência de desestruturação dos processos normativos, ou ainda de determinadas ontologias. Nesse sentido, o que direciono para uma estética da ferocidade seria a compreensão do queer como uma experiência de implosão dos processos normativos, mas, também, de uma explosão do Simbólico via pulsão de morte.