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Quanto à formação e aos níveis educacionais, sabe-se não se tratar mais como uma das fragilidades no que tange à capacidade de assumir e desempenhar o trabalho, uma vez que as mulheres se tornaram maioria nas universidades. Números confirmados entre aqueles que se graduam. Sabe-se que a cultura machista ainda é encontrada dentro das empresas, sendo uma barreira já conhecida e parte da agenda de enfrentamento das mulheres trabalhadoras, representado pelo fato de não acessarem as redes de relações informais dos homens no trabalho (AKPINAR-SPOSITO, 2013, p.494). Contudo, existem mais fatores além desses que não tão claramente percebidos e que podem atuar na dificuldade de ascensão da mulher na hierarquia das empresas. Neste sentido, a investigação objetiva responder a seguinte pergunta: o teto de vidro é um fenômeno associado à ausência de acesso à informação pelas mulheres? Sendo assim, o fulcro consiste em indicar o que determina a existência deste fenômeno dentro dos espaços corporativos, destacando a falta de acesso à informação como um dos elementos que produzem um contexto de dificuldades para a atuação da mulher trabalhadora. Desta forma, esta pesquisa traz como finalidade a conscientização das empresas de que os mecanismos de exclusão, que estão inseridos dentro e fora do contexto organizacional prejudicam o crescimento profissional das mulheres e, consequentemente, um melhor desempenho. Além disso, o estudo também possibilita a contribuição de novas hipóteses para o conhecimento científico e literatura nacional, principalmente, com relação as pesquisas que seguem como fulcro a investigação de mulheres nos espaços executivos e sua participação direta no fluxo de informação. Para a execução desta pesquisa exploratória e descritiva, adotou-se como procedimentos a aplicação de questionários no formato da escala de likert mulheres que exerciam ou exercem funções em níveis hierárquicos mais elevados, as quais foram submetidas à questionamentos sobre o acesso à informação, porém de maneira comparativa à percepção que elas detêm sobre o acesso realizado pelos trabalhadores homens. Assim, as informações coletadas sugerem que as mulheres sofrem preconceitos no ambiente trabalho, e precisam enfrentar barreiras nem sempre tão invisíveis assim, pois atos de assédio moral foram relatados. Contudo, a associação entre o teto de vidro e a falta de acesso à informação está presente na literatura, mas não foi verificada entre as participantes da pesquisa.","PeriodicalId":101492,"journal":{"name":"Complexitas – Revista de Filosofia Temática","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-02-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"O FENÔMENO GLASS CEILING E O ACESSO À INFORMAÇÃO: ESTUDO SOBRE AS BARREIRAS INVISÍVEIS IMPOSTAS ÁS MULHERES NO TRABALHO\",\"authors\":\"Luana Maia Woida, Beatriz Néspoli de Oliveira\",\"doi\":\"10.18542/COMPLEXITAS.V3I1.6636\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O artigo discute essencialmente sobre a metáfora Glass Ceiling ou Teto de Vidro, segundo o qual, existem barreiras invisíveis que dificultam o acesso das mulheres aos cargos de maiores salários e responsabilidades, ocasionando assim, a segregação hierárquica (ou vertical na estrutura organizacional) (JARMON, 2014). 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O FENÔMENO GLASS CEILING E O ACESSO À INFORMAÇÃO: ESTUDO SOBRE AS BARREIRAS INVISÍVEIS IMPOSTAS ÁS MULHERES NO TRABALHO
O artigo discute essencialmente sobre a metáfora Glass Ceiling ou Teto de Vidro, segundo o qual, existem barreiras invisíveis que dificultam o acesso das mulheres aos cargos de maiores salários e responsabilidades, ocasionando assim, a segregação hierárquica (ou vertical na estrutura organizacional) (JARMON, 2014). Ao investigar a respeito do teto de vidro, percebe-se que são várias as condições que levam a sua existência, incluindo-se a falta de acesso à informação, uma vez que o acesso à informação ajuda no combate à discriminação de gênero (PAES, 2016). O resultado do não acesso à informação produz decisões mal alicerçadas e desempenhos desastrosos. Quanto à formação e aos níveis educacionais, sabe-se não se tratar mais como uma das fragilidades no que tange à capacidade de assumir e desempenhar o trabalho, uma vez que as mulheres se tornaram maioria nas universidades. Números confirmados entre aqueles que se graduam. Sabe-se que a cultura machista ainda é encontrada dentro das empresas, sendo uma barreira já conhecida e parte da agenda de enfrentamento das mulheres trabalhadoras, representado pelo fato de não acessarem as redes de relações informais dos homens no trabalho (AKPINAR-SPOSITO, 2013, p.494). Contudo, existem mais fatores além desses que não tão claramente percebidos e que podem atuar na dificuldade de ascensão da mulher na hierarquia das empresas. Neste sentido, a investigação objetiva responder a seguinte pergunta: o teto de vidro é um fenômeno associado à ausência de acesso à informação pelas mulheres? Sendo assim, o fulcro consiste em indicar o que determina a existência deste fenômeno dentro dos espaços corporativos, destacando a falta de acesso à informação como um dos elementos que produzem um contexto de dificuldades para a atuação da mulher trabalhadora. Desta forma, esta pesquisa traz como finalidade a conscientização das empresas de que os mecanismos de exclusão, que estão inseridos dentro e fora do contexto organizacional prejudicam o crescimento profissional das mulheres e, consequentemente, um melhor desempenho. Além disso, o estudo também possibilita a contribuição de novas hipóteses para o conhecimento científico e literatura nacional, principalmente, com relação as pesquisas que seguem como fulcro a investigação de mulheres nos espaços executivos e sua participação direta no fluxo de informação. Para a execução desta pesquisa exploratória e descritiva, adotou-se como procedimentos a aplicação de questionários no formato da escala de likert mulheres que exerciam ou exercem funções em níveis hierárquicos mais elevados, as quais foram submetidas à questionamentos sobre o acesso à informação, porém de maneira comparativa à percepção que elas detêm sobre o acesso realizado pelos trabalhadores homens. Assim, as informações coletadas sugerem que as mulheres sofrem preconceitos no ambiente trabalho, e precisam enfrentar barreiras nem sempre tão invisíveis assim, pois atos de assédio moral foram relatados. Contudo, a associação entre o teto de vidro e a falta de acesso à informação está presente na literatura, mas não foi verificada entre as participantes da pesquisa.