FLUXOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO E A MINERAÇÃO NA AMAZÔNIA ORIENTAL BRASILEIRA NOS PRIMEIROS DECÊNIOS DO SÉCULO XXI

O objetivo desse artigo é verificar a evolução dos fluxos de Investimento estrangeiro Direto (IED) no setor mineral da Amazônia oriental, com o intuito de averiguar qual o nível de impacto que os investimentos estrangeiros dessa natureza podem causar na região. Nesse sentido, se avalia as limitações para o estabelecimento de um processo de desenvolvimento de base local, duradouro e socialmente enraizado. Para analisar a dinâmica do IED na região amazônica utilizou-se uma leitura crítica das teorias de localização e analisar a dinâmica da mobilidade do capital no espaço desde uma percepção teórica marxista. Além disso, utilizou-se também, de forma comparativa, a compreensão do papel do Estado hegemônico e da atuação das Empresas Transnacionais (ETN) para avaliar os determinantes dos movimentos do capital. Por fim, se faz uma análise do IED na Amazônia oriental a partir da base de dados do Banco Central do Brasil, chegando a conclusão que que há um reforço na ausência de ações que visam promover um crescimento econômico regional sob base locais, pois, tanto a base tecnológica usada na mineração quantos os resultados tributários, pouco retornam em benefícios sociais ao local de extração da atividade mineral.