Efeitos de turno e de raça sobre os parâmetros fisiológicos de ovelhas deslanadas em confinamento no sul do estado do Piauí

O estresse por calor é um dos principais limitantes na produção de bovinos nos trópicos, devido às mudanças drásticas que ocorrem nas funções biológicas do animal. Diante disso objetivou-se avaliar os efeitos do turno e de raça sobre os parâmetros fisiológicos de ovelhas deslanadas em sistema de confinamento no sul do estado do Piauí. Utilizou-se 16 ovelhas, sendo oito da raça Santa Inês (SI) e oito da raça Morada Nova (MN), em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x2 (duas raças e dois turnos), com 10 repetições. Os parâmetros fisiológicos, frequência respiratória (FR), frequência cardíaca (FC) e temperatura retal (TR), foram mensuradas pela manhã e à tarde. Observou-se efeito significativo sobre a temperatura ambiente (P<0,05) entre os horários, com superioridade à tarde, estando acima da zona de conforto térmico. Em relação aos parâmetros fisiológicos, a FC não diferiu (P>0,05) entre turnos, sendo a menos relevante dentre as variáveis estudadas como indicador de estresse térmico. Na comparação de turnos, a FR e TR diferiram (P<0,05), valores associados às oscilações das variáveis ambientais, para manutenção da homeotermia. Ao se avaliar efeito de raça, nota-se que apenas a TR diferiu (P<0,05) apenas no período da manhã e com valores bem próximos, no entanto, dentro da normalidade para a espécie, indicando que as raças SI e MN estão sob mesmo padrão de adaptabilidade no sul do estado do Piauí.