Damião Michael Rodrigues de Lima, F. Lima, Rodrigo Gonçalves da Silva, Willian Saranholi da Silva
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O artigo se propõe refletir sobre possíveis implicações do ensino remoto emergencial como motivação ou causa potencial para a evasão de estudantes do IFCE. Com abordagem qualitativa, a pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso, cujos dados foram construídos mediante aplicação de questionário junto a alunos regularmente matriculados em cursos da Instituição, que se constitui o lócus da pesquisa. As discussões indicam que os discentes do ensino superior dispõem de melhores equipamentos para acompanhamento das atividades remotas (computador e tablet), enquanto a grande maioria dos participantes do ensino técnico (integrados e concomitantes) dispõem apenas de aparelho celular. Os participantes apontaram falta de perspectiva quanto ao ensino, desmotivação, dificuldades em conciliar estudo e trabalho, problemas familiares, cansaço físico e mental. Quanto às infraestrutura em suas residências, destacaram: equipamentos inadequados, falta de acesso ou acesso limitado e falta de espaço adequado para estudar em casa. No que diz respeito às questões institucionais, os participantes do estudo indicam sobrecarga de atividades, disciplinas técnicas ministradas de modo virtual, falta de acompanhamento docente e metodologias de ensino inadequadas, as quais podem implicar em dificuldades para acompanhar os conteúdos e, consequentemente, às dificuldades de aprendizagem.