M. Corrêa, Lizie de Souza Calmon, Gabriela Reznik, Marcella Sandim Couto Greco Ferreira, K. M. Delmestre, Sabrina Ferreira Baptista
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摘要
在很长一段时间里,接受教育的机会严格限于男性。直到19世纪末,第一批女子学校才出现,这些学校的目的是教授教学。然而,很少有女性进入这些机构,而那些进入这些机构的女性属于最富裕的阶级,这些白人女性属于精英阶层(beltrao e Alves, 2009)[1]。巴西从1879年开始将女性纳入高等教育机构;今年,通过一项法令,确立了妇女上大学和获得学位的权利。然而,在19世纪,直到20世纪上半叶,女性在初等教育中的存在有限,以及男女之间的不同培训,使得女性无法接受高等教育(beltrao e Alves, 2009)。因此,女性长期被排除在知识生产空间之外,导致这些空间,如大学,从男性和父权逻辑发展和复制。
MATERNIDADE E ENSINO SUPERIOR: A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA COMO FERRAMENTA PARA PROMOÇÃO DA EQUIDADE DE GÊNERO NAS UNIVERSIDADES
Por muito tempo, o acesso à educação fora reservado estritamente aos homens. Somente no final do século XIX as primeiras escolas de ensino feminino surgiram, sendo estas destinadas ao ensino do magistério. Ainda assim, poucas mulheres ingressavam nessas instituições e, as que ingressavam, pertenciam às classes mais abastadas, eram estas mulheres brancas pertencentes às elites (Beltrão e Alves, 2009) [1]. A inserção de mulheres em instituições de ensino superior no Brasil data de 1879; neste ano, através de um decreto de lei, estabeleceu-se o direito às mulheres a frequentarem universidades e obterem títulos acadêmicos. Porém a presença restrita de mulheres no ensino primário e a formação diferenciada entre homens e mulheres tornava inviável o acesso destas ao ensino superior durante o século XIX, até a primeira metade do século XX (Beltrão e Alves, 2009). As mulheres, portanto, foram excluídas por um longo tempo dos espaços de produção do conhecimento, fazendo com que estes espaços, como as universidades, se desenvolvessem e se reproduzissem a partir de uma lógica masculina e patriarcal.