Ana Rosa Guimarães Bastos Proença, Alexandre Panosso Netto
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Em campo, foram realizadas 21 entrevistas semiestruturadas, aplicados questionários socioeconômicos e observação participativa com inserção por dois meses consecutivos na comuni-dade. A análise qualitativa ocorreu por meio da triangulação dos dados. Os resultados apontam que o modelo de turismo em Nova Esperança avançou de uma prática de apenas receber o turista e esperar que ele comprasse o artesanato local, para um modelo de gestão interna que possibilitou a apropriação pelos indígenas do fluxo de turistas, do artesanato, da hospedagem e das demais ope-rações técnicas e financeiras. Sete impactos socioculturais principais foram identificados: benefícios econômicos; orgulho; relação com agentes intermediários; estilo de vida coletivo; comercialização da cultura;tradições e costumes; e, crenças. Foram identificados também impactos indiretos relaci-onados ao turismo","PeriodicalId":113408,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo","volume":"49 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-02-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Turismo em territórios indígenas\",\"authors\":\"Ana Rosa Guimarães Bastos Proença, Alexandre Panosso Netto\",\"doi\":\"10.7784/rbtur.v16.2408\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O turismo indígena no Brasil ocorre em diferentes territórios, e não somente nas que são denomina-das oficialmente pelo Estado Brasileiro como Terras Indígenas. Especificamente, na área rural de Manaus, Estado do Amazonas, dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Puranga Con-quista, a Comunidade Indígena Nova Esperança tem como prática o Turismo de Base Comunitária (TBC). Partindo do pressuposto de que os impactos socioculturais estão sob a luz do desenvolvi-mento do turismo, o objetivo desta pesquisa foi analisar como o modelo de turismo se relaciona com os impactos socioculturais no contexto da Comunidade Indígena Nova Esperança. A pesquisa tem abordagem qualitativa e foi desenvolvida com levantamento bibliográfico, documental e pesquisa de campo. Em campo, foram realizadas 21 entrevistas semiestruturadas, aplicados questionários socioeconômicos e observação participativa com inserção por dois meses consecutivos na comuni-dade. A análise qualitativa ocorreu por meio da triangulação dos dados. Os resultados apontam que o modelo de turismo em Nova Esperança avançou de uma prática de apenas receber o turista e esperar que ele comprasse o artesanato local, para um modelo de gestão interna que possibilitou a apropriação pelos indígenas do fluxo de turistas, do artesanato, da hospedagem e das demais ope-rações técnicas e financeiras. 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O turismo indígena no Brasil ocorre em diferentes territórios, e não somente nas que são denomina-das oficialmente pelo Estado Brasileiro como Terras Indígenas. Especificamente, na área rural de Manaus, Estado do Amazonas, dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Puranga Con-quista, a Comunidade Indígena Nova Esperança tem como prática o Turismo de Base Comunitária (TBC). Partindo do pressuposto de que os impactos socioculturais estão sob a luz do desenvolvi-mento do turismo, o objetivo desta pesquisa foi analisar como o modelo de turismo se relaciona com os impactos socioculturais no contexto da Comunidade Indígena Nova Esperança. A pesquisa tem abordagem qualitativa e foi desenvolvida com levantamento bibliográfico, documental e pesquisa de campo. Em campo, foram realizadas 21 entrevistas semiestruturadas, aplicados questionários socioeconômicos e observação participativa com inserção por dois meses consecutivos na comuni-dade. A análise qualitativa ocorreu por meio da triangulação dos dados. Os resultados apontam que o modelo de turismo em Nova Esperança avançou de uma prática de apenas receber o turista e esperar que ele comprasse o artesanato local, para um modelo de gestão interna que possibilitou a apropriação pelos indígenas do fluxo de turistas, do artesanato, da hospedagem e das demais ope-rações técnicas e financeiras. Sete impactos socioculturais principais foram identificados: benefícios econômicos; orgulho; relação com agentes intermediários; estilo de vida coletivo; comercialização da cultura;tradições e costumes; e, crenças. Foram identificados também impactos indiretos relaci-onados ao turismo