A. Guerra, Cristiane da Silva Ribeiro, Enrico Martins Poletti Jorge, Fábio Santos Bispo, Marcela Fernanda da Paz de Souza, Nayara Paulina Fernandes Rosa, Renata Lucindo Mendonça, Sonia Rodrigues da Penha, Tayná Celen Pereira Santos
{"title":"对精神分析空间的反种族主义和非殖民化占领","authors":"A. Guerra, Cristiane da Silva Ribeiro, Enrico Martins Poletti Jorge, Fábio Santos Bispo, Marcela Fernanda da Paz de Souza, Nayara Paulina Fernandes Rosa, Renata Lucindo Mendonça, Sonia Rodrigues da Penha, Tayná Celen Pereira Santos","doi":"10.5565/rev/qpsicologia.1787","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo do presente artigo é descentralizar o texto de Jacques Lacan a partir de uma geopolítica que pretende se fazer interpretante, uma vez que o autor acentua a importância de o analista visar, no horizonte de sua práxis, a subjetividade de sua época. Parte-se de uma posição na qual o analista não é neutro frente às tendências racistas e ao modo como o discurso dominante de uma época incide sobre o inconsciente. Em um contexto historicamente marcado pela abolição tardia da escravidão, encarceramento e genocídio da população negra e diversas práticas segregativas, como no caso brasileiro, é premente tomar o racismo como uma categoria sob o olhar da psicanálise em seu campo clínico e político, ao lado das demais disciplinas sociais. Pretendemos, assim, identificar algumas premissas para iniciar a desmontagem dos artefatos teóricos dominantes e seguir em direção a um novo arcabouço epistêmico, fundamentando uma prática clínica antirracista.","PeriodicalId":308912,"journal":{"name":"Quaderns de Psicologia","volume":"85 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Ocupação antirracista e decolonial do espaço psicanalítico\",\"authors\":\"A. Guerra, Cristiane da Silva Ribeiro, Enrico Martins Poletti Jorge, Fábio Santos Bispo, Marcela Fernanda da Paz de Souza, Nayara Paulina Fernandes Rosa, Renata Lucindo Mendonça, Sonia Rodrigues da Penha, Tayná Celen Pereira Santos\",\"doi\":\"10.5565/rev/qpsicologia.1787\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O objetivo do presente artigo é descentralizar o texto de Jacques Lacan a partir de uma geopolítica que pretende se fazer interpretante, uma vez que o autor acentua a importância de o analista visar, no horizonte de sua práxis, a subjetividade de sua época. Parte-se de uma posição na qual o analista não é neutro frente às tendências racistas e ao modo como o discurso dominante de uma época incide sobre o inconsciente. Em um contexto historicamente marcado pela abolição tardia da escravidão, encarceramento e genocídio da população negra e diversas práticas segregativas, como no caso brasileiro, é premente tomar o racismo como uma categoria sob o olhar da psicanálise em seu campo clínico e político, ao lado das demais disciplinas sociais. Pretendemos, assim, identificar algumas premissas para iniciar a desmontagem dos artefatos teóricos dominantes e seguir em direção a um novo arcabouço epistêmico, fundamentando uma prática clínica antirracista.\",\"PeriodicalId\":308912,\"journal\":{\"name\":\"Quaderns de Psicologia\",\"volume\":\"85 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-01-25\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Quaderns de Psicologia\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5565/rev/qpsicologia.1787\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Quaderns de Psicologia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5565/rev/qpsicologia.1787","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Ocupação antirracista e decolonial do espaço psicanalítico
O objetivo do presente artigo é descentralizar o texto de Jacques Lacan a partir de uma geopolítica que pretende se fazer interpretante, uma vez que o autor acentua a importância de o analista visar, no horizonte de sua práxis, a subjetividade de sua época. Parte-se de uma posição na qual o analista não é neutro frente às tendências racistas e ao modo como o discurso dominante de uma época incide sobre o inconsciente. Em um contexto historicamente marcado pela abolição tardia da escravidão, encarceramento e genocídio da população negra e diversas práticas segregativas, como no caso brasileiro, é premente tomar o racismo como uma categoria sob o olhar da psicanálise em seu campo clínico e político, ao lado das demais disciplinas sociais. Pretendemos, assim, identificar algumas premissas para iniciar a desmontagem dos artefatos teóricos dominantes e seguir em direção a um novo arcabouço epistêmico, fundamentando uma prática clínica antirracista.