2017年累西腓市易装癖者和变性女性人体免疫缺陷病毒检测相关因素

Isabô Ângelo Beserra, Iracema de Jesus Almeida Alves Jacques, Naíde Teodósio Valois Santos, Laís de Souza Pedrosa, S. Brignol, A. Brito
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Métodos: Estudo quantitativo, de corte seccional, com base em 350 recrutadas pela metodologia Respondent-Driven Sampling entre janeiro e março de 2017. A análise de dados considerou o desenho complexo de amostragem. Foram estimadas as prevalências de realização do teste de vírus da imunodeficiência humana no último ano anterior à entrevista. Por meio de modelos de regressão logística foram identificados fatores associados à testagem regular de vírus da imunodeficiência humana. Resultados: A cobertura de teste no último ano foi de apenas 48,3%. Entre os fatores associados à maior probabilidade de realização de teste de vírus da imunodeficiência humana no último ano, destacaram-se a identidade de gênero como mulher (odds ratio=2,34, intervalo de confiança 95% 1,11–4,93), não ter sido presa (odds ratio=7,32, intervalo de confiança 95% 2,92–18,30) e não ter se sentido mal consigo mesma nem ter se achado um fracasso ou uma decepção (odds ratio=7,57, intervalo de confiança 95% 2,74–20,90). Conclusão: O achado de baixa prevalência de testagem no último ano (48,3%) e os fatores associados à maior probabilidade de realização do teste, relacionados a maior aceitação da condição transexual, apontam para que sejam adotadas abordagens inovadoras para testagem ao vírus da imunodeficiência humana, atendendo melhor às necessidades da população de travestis e mulheres transexuais e centradas nas barreiras de acesso ao diagnóstico e tratamento, com estímulo a práticas sexuais seguras, enfrentamento do estigma e das condições de vulnerabilidade.","PeriodicalId":350000,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Fatores associados à testagem anti-vírus da imunodeficiência humana entre travestis e mulheres transexuais da cidade do Recife, 2017\",\"authors\":\"Isabô Ângelo Beserra, Iracema de Jesus Almeida Alves Jacques, Naíde Teodósio Valois Santos, Laís de Souza Pedrosa, S. 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摘要

简介:某些个人、社会和项目因素阻碍了对易装癖者和变性妇女进行人体免疫缺陷病毒检测。因此,了解这些因素对于采取战略扩大获得检测的机会,从而提高对这一群体的血清学状况和早期治疗的认识至关重要。目的:评估累西腓市(PE)易装癖者和变性妇女、居民或工人中人体免疫缺陷病毒检测的流行情况及与检测相关的因素。方法:采用定量横断面研究方法,在2017年1月至3月间采用应答驱动抽样法招募350名患者。数据分析考虑了复杂的抽样设计。对访谈前一年进行人体免疫缺陷病毒检测的流行率进行了估计。通过logistic回归模型确定了与人类免疫缺陷病毒常规检测相关的因素。结果:去年的检测覆盖率仅为48.3%。因素更有可能在与导演的人类免疫缺陷病毒去年考试时候女人的性别身份(or = 2, 34岁的95%置信区间1,11—4,93),没有猎物(or = 7, 32岁,95%置信区间92 18—30)和没有差自己也不可能找到一个失败或失望(比值比= 7,57,95%置信区间74—20,90)。结论:去年测试发现的低流行率(3%),更有可能的相关因素的相关测试,验收的条件如何,都指向,采用创新的方法来测试人类免疫缺陷病毒,以及为更好的女人同时人口的需求集中在泰国访问障碍的诊断和治疗,和刺激的性行为安全,面对耻辱和脆弱的条件。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Fatores associados à testagem anti-vírus da imunodeficiência humana entre travestis e mulheres transexuais da cidade do Recife, 2017
Introdução: Determinados fatores individuais, sociais e programáticos dificultam a realização da testagem anti-vírus da imunodeficiência humana em travestis e mulheres transexuais. Portanto, conhecer esses fatores é imprescindível para a adoção de estratégias de ampliação de acesso ao teste e, consequentemente, aumentar o conhecimento do status sorológico e tratamento precoce nesse grupo. Objetivo: Estimar a prevalência de testagem anti-vírus da imunodeficiência humana e os fatores associados à realização do teste, entre travestis e mulheres transexuais, residentes ou trabalhadoras da cidade do Recife (PE). Métodos: Estudo quantitativo, de corte seccional, com base em 350 recrutadas pela metodologia Respondent-Driven Sampling entre janeiro e março de 2017. A análise de dados considerou o desenho complexo de amostragem. Foram estimadas as prevalências de realização do teste de vírus da imunodeficiência humana no último ano anterior à entrevista. Por meio de modelos de regressão logística foram identificados fatores associados à testagem regular de vírus da imunodeficiência humana. Resultados: A cobertura de teste no último ano foi de apenas 48,3%. Entre os fatores associados à maior probabilidade de realização de teste de vírus da imunodeficiência humana no último ano, destacaram-se a identidade de gênero como mulher (odds ratio=2,34, intervalo de confiança 95% 1,11–4,93), não ter sido presa (odds ratio=7,32, intervalo de confiança 95% 2,92–18,30) e não ter se sentido mal consigo mesma nem ter se achado um fracasso ou uma decepção (odds ratio=7,57, intervalo de confiança 95% 2,74–20,90). Conclusão: O achado de baixa prevalência de testagem no último ano (48,3%) e os fatores associados à maior probabilidade de realização do teste, relacionados a maior aceitação da condição transexual, apontam para que sejam adotadas abordagens inovadoras para testagem ao vírus da imunodeficiência humana, atendendo melhor às necessidades da população de travestis e mulheres transexuais e centradas nas barreiras de acesso ao diagnóstico e tratamento, com estímulo a práticas sexuais seguras, enfrentamento do estigma e das condições de vulnerabilidade.
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