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BASE INDUSTRIAL DE DEFESA: EXPLORANDO POTENCIAIS SINERGIAS
PARA O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO A PARTIR DE UMA
ABORDAGEM BASEADA EM ESTRUTURA DE REDES
E PROXIMIDADE TECNOLÓGICA
A investigação da relação entre as políticas industrial, a de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) e a de defesa nacional pode ser considerada a partir da dicotomia spin-off e spin-in. Essa abordagem se mostra limitada pela dificuldade em testá-la, pela desconexão do entendimento de que a difusão e absorção do conhecimento se dá em redes e pelas interações entre empresas e destas com institutos de ciência e tecnologia (ICTs), consagrada pelas abordagens da complexidade econômica e dos sistemas nacionais de inovação. Em contrapartida, a fragilidade da indústria de defesa nos países menos desenvolvidos e a incipiência dos segmentos tecnologicamente mais intensos em suas estruturas produtivas sugerem que políticas de defesa focadas em autonomia tecnológica teriam poucos efeitos dinâmicos, mesmo considerando as perspectivas contemporâneas. Partindo de uma adaptação da metodologia de relacionalidade (relatedness) de Neffke, Henning e Boschma (2011) aplicada a dados das empresas fornecedoras das Forças Armadas no Brasil, este texto apresenta pontos de possível sinergia entre as políticas de defesa, industrial e de CT&I no país.