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摘要
19世纪末,被认为是“轰动”的罪行开始在里约热内卢的报纸上占据很大的空间。正是在这个空间里,eugenia brandao和Edina do Nascimento的女性轨迹将会交叉。记者eugenia brandao怀疑伊迪娜的丈夫谋杀了她,以便与受害者的妹妹结婚,她秘密进入Bom Pastor收容所,以便采访被关押在那里的情人。通过这个案例,本文旨在分析记者在构建犯罪叙事时,如何运用情感语法和夸张美学来创造不同的性别表征,这些表征违反并重申了迄今为止被认为是明确定义的规范道德标准。
No final do século XIX, os crimes considerados como de “sensação” começavam a ocupar grande espaço nas páginas dos periódicos cariocas. Seria justamente neste espaço que as trajetórias femininas de Eugênia Brandão e Edina do Nascimento se cruzariam. Com a suspeita de que o marido de Edina a teria assassinado para casar-se com a irmã da vítima, a repórter Eugênia Brandão ingressou em sigilo no Asilo Bom Pastor com o intuito de entrevistar a amante que se encontrava ali internada. Através deste caso, este artigo tem como objetivo analisar como, ao construírem as narrativas de crime, os jornalistas lançavam mão de uma gramática emocional e de uma estética melodramática para criarem diferentes representações de gênero que transgrediam e reiteravam padrões normativos de moralidade até então considerados bem definidos.