Mayra Rolla Siqueira, Mariana da Silva Vilas Boas, Juli Ingrid Freitas de Abud, Rodolfo José Gomes de Araújo, Augusto Cesar Alcântara dos Reis
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O instrumento de coleta de dados foi elaborado a partir do formulario utilizado na pesquisa nacional de saude bucal-SB Brasil 2010, com adaptacao para aplicacao em populacao carceraria. Resultados: Analisando-se as caracteristicas sociodemograficas e condenatorias, observou-se que na faixa etaria compreendida entre 18 a 34 anos, 75,96% dos detentos encontram-se com o grau de escolaridade ate o Ensino Fundamental. Com relacao ao tempo de prisao, 50,0% encontram-se reclusos ha mais de tres anos. Quanto a utilizacao de servicos odontologicos, 75,0% nao foram atendidos no proprio sistema prisional, 10,0% nunca foram ao dentista e 100% dos detentos nunca receberam orientacao de saude bucal. Referente ao motivo da consulta, 66,4% ocorreram com exodontia. Com relacao ao uso de protese, 92,31% nao utilizam, embora 90,31%, ou seja, a grande maioria necessite. Ao que concerne a experiencia de carie por faixa etaria resultou: 18 a 34 anos (CPO-D 4,04); 35 a 44 anos (CPO-D 7,58) e 45 ou mais (CPO-D 14,25), verificando-se que o componente perdido foi a mais prevalente em todas as faixas. O CPO-D total foi de 5,25. Conclusao: Apesar de diversos estudos comprovarem um declinio consideravel na prevalencia de carie dentaria e perdas de dentes na maioria da populacao brasileira, o estudo mostrou que a saude bucal dos individuos privados de liberdade e de grande preocupacao, principalmente se considerarmos o aumento do numero dessa populacao nos ultimos anos.","PeriodicalId":213881,"journal":{"name":"Journal of Research in Dentistry","volume":"84 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-04-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"SAÚDE BUCAL DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA: LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO\",\"authors\":\"Mayra Rolla Siqueira, Mariana da Silva Vilas Boas, Juli Ingrid Freitas de Abud, Rodolfo José Gomes de Araújo, Augusto Cesar Alcântara dos Reis\",\"doi\":\"10.19177/jrd.v7e6201991-106\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A saude bucal de pessoas privadas de liberdade tem se apresentado de forma precaria como resultado da negligencia anteriormente a prisao, bem como pelos escassos sevicos odontologicos prestados quando no ambiente prisional. 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SAÚDE BUCAL DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA: LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO
A saude bucal de pessoas privadas de liberdade tem se apresentado de forma precaria como resultado da negligencia anteriormente a prisao, bem como pelos escassos sevicos odontologicos prestados quando no ambiente prisional. Objetivo: Avaliar a condicao bucal de perivados de liberdade, em uma penitenciaria do estado do Para, analisando a experiencia de carie dentaria e perda dentaria, o uso e a necessidade de reabilitacao protetica e a utilizacao de servicos odontologicos. Metodo: Trata-se de uma pesquisa de campo, atraves de um estudo epidemiologico descritivo, de delineamento transversal e abordagem quantitativa. A amostra selecionada foi composta de 104 individuos. O instrumento de coleta de dados foi elaborado a partir do formulario utilizado na pesquisa nacional de saude bucal-SB Brasil 2010, com adaptacao para aplicacao em populacao carceraria. Resultados: Analisando-se as caracteristicas sociodemograficas e condenatorias, observou-se que na faixa etaria compreendida entre 18 a 34 anos, 75,96% dos detentos encontram-se com o grau de escolaridade ate o Ensino Fundamental. Com relacao ao tempo de prisao, 50,0% encontram-se reclusos ha mais de tres anos. Quanto a utilizacao de servicos odontologicos, 75,0% nao foram atendidos no proprio sistema prisional, 10,0% nunca foram ao dentista e 100% dos detentos nunca receberam orientacao de saude bucal. Referente ao motivo da consulta, 66,4% ocorreram com exodontia. Com relacao ao uso de protese, 92,31% nao utilizam, embora 90,31%, ou seja, a grande maioria necessite. Ao que concerne a experiencia de carie por faixa etaria resultou: 18 a 34 anos (CPO-D 4,04); 35 a 44 anos (CPO-D 7,58) e 45 ou mais (CPO-D 14,25), verificando-se que o componente perdido foi a mais prevalente em todas as faixas. O CPO-D total foi de 5,25. Conclusao: Apesar de diversos estudos comprovarem um declinio consideravel na prevalencia de carie dentaria e perdas de dentes na maioria da populacao brasileira, o estudo mostrou que a saude bucal dos individuos privados de liberdade e de grande preocupacao, principalmente se considerarmos o aumento do numero dessa populacao nos ultimos anos.