{"title":"新神学中的物质性","authors":"Waldir Souza, Michel Eriton Quintas","doi":"10.23925/rct.i103.57896","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A corporeidade, em teologia, compreende-se a partir da fronteira entre a sistemática (antropologia) e a moral. Das compreensões do humano às decorrências antropológicas. Assumindo um panorama de valor positivo quanto ao corpo, o presente artigo objetiva discutir sua experiência que, superadas a heteronomia e a mera autonomia, dá espaço, através da Revelação, para a vivência da teonomia. A metodologia empregada é bibliográfica com análise e discussão de conteúdo. Para tanto, foram contemplados os seguintes objetivos: (i) construir uma breve distinção entre heteronomia, autonomia e teonomia; (ii) indicar a compreensão da Revelação como ponto de superação do conflito; e (iii) explorar a aplicação da nova teonomia às experiências do corpo, a sexualidade, o gênero, a família. Desta forma, evidencia-se que as orientações morais cumprirão o papel de formação da consciência e que, somente esta será base da tomada de decisões. Superado o moralismo e o amoralismo, portanto, a prática do amor se abre às possibilidades. Estas que, diante do fracasso, não se sujeitam a resignação, mas abrem-se à novas tentativas. Assim, as experiências dos corpos dissidentes também são compreendidas, das questões da diversidade sexual às novas configurações familiares. Conclui-se, portanto, que a corporeidade, ao encontrar sua plenitude na sexualidade – como dado antropológico – obtém, através da autonomia fundada em Deus, uma moral da qualidade das relações. Complexa, relaciona-se com o discernimento, com a criatividade (ou subversão) fiel. Desta forma, o itinerário da presente reflexão apresenta e elabora argumentos em perspectiva inclusiva e identitária, isto é, reconhecendo a subjetividade como ponto fundamental para a hermenêutica da tradição. Assim, a máxima expressão do corpo dá-se através da teonomia enquanto prática do amor.","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"88 3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"corporeidade na nova teonomia\",\"authors\":\"Waldir Souza, Michel Eriton Quintas\",\"doi\":\"10.23925/rct.i103.57896\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A corporeidade, em teologia, compreende-se a partir da fronteira entre a sistemática (antropologia) e a moral. Das compreensões do humano às decorrências antropológicas. Assumindo um panorama de valor positivo quanto ao corpo, o presente artigo objetiva discutir sua experiência que, superadas a heteronomia e a mera autonomia, dá espaço, através da Revelação, para a vivência da teonomia. 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A corporeidade, em teologia, compreende-se a partir da fronteira entre a sistemática (antropologia) e a moral. Das compreensões do humano às decorrências antropológicas. Assumindo um panorama de valor positivo quanto ao corpo, o presente artigo objetiva discutir sua experiência que, superadas a heteronomia e a mera autonomia, dá espaço, através da Revelação, para a vivência da teonomia. A metodologia empregada é bibliográfica com análise e discussão de conteúdo. Para tanto, foram contemplados os seguintes objetivos: (i) construir uma breve distinção entre heteronomia, autonomia e teonomia; (ii) indicar a compreensão da Revelação como ponto de superação do conflito; e (iii) explorar a aplicação da nova teonomia às experiências do corpo, a sexualidade, o gênero, a família. Desta forma, evidencia-se que as orientações morais cumprirão o papel de formação da consciência e que, somente esta será base da tomada de decisões. Superado o moralismo e o amoralismo, portanto, a prática do amor se abre às possibilidades. Estas que, diante do fracasso, não se sujeitam a resignação, mas abrem-se à novas tentativas. Assim, as experiências dos corpos dissidentes também são compreendidas, das questões da diversidade sexual às novas configurações familiares. Conclui-se, portanto, que a corporeidade, ao encontrar sua plenitude na sexualidade – como dado antropológico – obtém, através da autonomia fundada em Deus, uma moral da qualidade das relações. Complexa, relaciona-se com o discernimento, com a criatividade (ou subversão) fiel. Desta forma, o itinerário da presente reflexão apresenta e elabora argumentos em perspectiva inclusiva e identitária, isto é, reconhecendo a subjetividade como ponto fundamental para a hermenêutica da tradição. Assim, a máxima expressão do corpo dá-se através da teonomia enquanto prática do amor.