Maurício Colenghi Filho, Patrícia Del Nero Velasco
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Considerando a argumentação como parte constituinte do filosofar, o presente texto tem como objetivo defender a presença de conteúdos e habilidades lógico-argumentativas como fundamental ao ensino e à aprendizagem da Filosofia. Trata-se, contudo, de uma presença que deve ocorrer na prática dialógica, exigindo do professor, portanto, um papel bastante preciso: o de, na esteira de Sócrates, convidar seus interlocutores a refletirem, a ouvirem atentamente, a fundamentarem e eventualmente reverem seus pontos de vista, respeitando posicionamentos distintos dos seus. Nesse sentido, a prática argumentativa em sala de aula, em última instância, configura-se em um compromisso político: um compromisso com a liberdade de expressão, com o diálogo aberto ao pluralismo de pontos de vista – experiência singular de exercício público e compartilhado do conhecimento.